Um dia, conta Eduardo Prado Coelho (EPC)
no diário que escreveu durante os anos em que foi conselheiro cultural na
Embaixada portuguesa em Paris, um amigo disse-lhe, tendo lido os seus textos,
que os leitores iriam pensar que não fazia mais nada "senão ler, ouvir
música, ir ao teatro e ao ballet..." A resposta definia, de uma assentada,
esses que assim pensassem e o próprio ensaísta: "Imbecis - medem o tamanho
dos dias pela dimensão das suas cabeças".Organizado pelo Centro de Estudos sobre o Imaginário Literário e o Observatório Político, reúne amigos e leitores, num exercício que tentará definir as estruturas desse "edifício da alegria" - assim se chama o colóquio - que era o prazer hedonista de "ter na palavra a acção". A expressão é do amigo, cúmplice e, muitas vezes, crítico António Mega Ferreira, um dos convidados, para quem Prado Coelho era "um pensador urbano", com "uma abertura ao presente e ao futuro" que nos ensinou a viver sem nostalgia.
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