quarta-feira, 18 de julho de 2018

As palavras inglesas de origem portuguesa

Muitas pessoas não apreciam os anglicismos e outras invasões da língua portuguesa, mas o certo é que as línguas são vivas, como tal evoluem, mudam e por vezes o léxico é até aumentado.

Este é um processo evolutivo, normal e que tem acontecido ao longo da história. Pode-se dizer que desde que há Língua Portuguesa, ela nunca parou de evoluir e adaptar-se, quer por razões de demarcação e independência do reino com a criação de uma língua própria, como até há bem pouco tempo, com a entrada em vigor do Acordo Ortográfico em 2009.
A Língua Inglesa, por exemplo veio buscar algumas palavras à Língua portuguesa, deixamos aqui alguns exemplos, mas a lista é bem maior (veja aqui a lista completa).
Albatross – O nome é português, mesmo quando o falamos em inglês.
Auto-da-fé – esta palavra inglesa de origem portuguesa pode embaraçar-nos pelo seu significado, o ritual de penitência pública de hereges e apóstatas que ocorreu aquando da Inquisição.
Embarrass – Os espanhóis dão á palavra um significado diferente. Os ingleses vieram à língua portuguesa buscar a palavra e não lhe mudaram o significado.
Fetish – A palavra fetiche em inglês veio do fétiche em francês, que por sua vez veio do feitiço português. O fétiche francês também voltou ao léxico português, mas com outro significado.
Mosquito – O inseto ficou assim conhecido em português, inglês e em castelhano. Muitas palavras têm um origem difusa, tanto podem ser de origem portuguesa como espanhola, uma vez que partilhamos a Península Ibérica com ‘nuestros hermanos’.
Verandah – A língua portuguesa copiou e adptoyu a nossa palavra, mas deu-lhe um significado diferente, a verandah inglesa é o nosso alpendre.
Zebra – O nome que os ingleses dão ao famoso animal africano veio da nossa língua desde o tempo dos Descobrimentos em que Portugal explorava o mundo e descobria animais.

100 anos do nascimento de Nelson Mandela

Na ocasião em que se evocam os 100 anos do nascimento de Nelson Mandela (1918-2013), Portugal associa-se às comemorações que decorrerão no mundo inteiro, e que se prolongarão durante os próximos meses.
O exemplo e o legado do ex-Presidente sul-africano Nelson Mandela continuam a ser hoje da maior relevância para a cultura da paz e da liberdade a nível mundial. Foi em reconhecimento dos valores e ideais defendidos por Nelson Mandela, e da sua dedicação ao serviço da Humanidade e da Democracia, que a Assembleia-Geral das Nações Unidas, através de uma resolução copatrocinada por Portugal, declarou em 2009 o dia 18 de julho como “Dia Internacional Nelson Mandela”.
Nelson Mandela é um símbolo maior da luta contra o regime injusto e repressivo do apartheid na África do Sul. Nesse combate de muitos, Nelson Mandela fez a diferença enquanto líder agregador e inspirador, que confrontou quando necessário e dialogou sempre que possível. Quando pôde escolher, escolheu reconciliar, sem com isso perder o rumo da democracia multirracial em que sempre acreditou.
A sua firmeza no combate à repressão, a coerência na defesa da dignidade humana, liberdade e igualdade, e a verticalidade com que resistiu à pena perpétua a que foi condenado servem de inspiração a todos os que lutam pela Democracia e pelos Direitos Humanos, transcendendo as fronteiras do seu país e do continente africano.
A luta anti-apartheid liderada por Nelson Mandela desenvolveu-se em paralelo à consolidação da jovem democracia portuguesa de então. Portugal e a África do Sul, comungando dos valores pelos quais Nelson Mandela lutou, mantêm hoje fortes relações diplomáticas, alicerçadas num franco entendimento político, em relevantes relações económicas e, com um especial significado, na importante comunidade portuguesa que vive e trabalha na África do Sul e que oferece um contributo social e económico notável para o diverso tecido coletivo sul-africano.
Por tudo isto, é com alegria que Portugal celebra Nelson Mandela e o seu legado