quinta-feira, 21 de junho de 2018

Royal Academy expõe Paula Rego Joana Vasconcelos e Álvaro Claudia Melissa Acosta Siza

A ‘Exposição de Verão’ da Royal Academy, considerada a maior e mais antiga exposição de arte do mundo, tem este ano três ‘representantes’ portugueses – a pintora Paula Rego, a artista plástica Joana Vasconcelos e o arquiteto Álvaro Siza Vieira
Um tríptico da portuguesa Paula Rego faz parte da ‘Exposição de Verão’ da Royal Academy, instituição britânica da qual a pintora portuguesa é membro sénior desde 2016.
A exposição, inaugurada a 12 de junho, inclui ainda uma escultura têxtil de Joana Vasconcelos e um projeto de Siza Vieira.
A emblemática ‘Exposição de Verão’ reune estar 1.300 obras de dezenas de artistas, em suportes como pintura, escultura, fotografia, vídeo.
Paula Rego marca presença com ‘Human Cargo’, um tríptico de 2007-2008 em lápis conté e aguada sobre papel. Este trabalho marcou o regresso da artista ao desenho em grande escala, onde produz uma imagem inspirada pelo horror do tráfico humano, segundo uma descrição feita pela Casa das Histórias Paula Rego.
À obra da pintora portuguesa junta-se a ‘Royal Valkyrie’, uma escultura têxtil de Joana Vasconcelos, que estará em destaque ao cimo da escadaria da entrada, graças a um convite do programador da exposição, Grayson Perry.
“Ele claramente gosta do trabalho dela”, afirmou o negociante de arte Michael Hue-Williams, que contou à agência Lusa ter sido ele a apresentar a portuguesa ao artista britânico.
“É difícil de chamar a atenção na exposição, mas Grayson mudou o estilo e a obra da Joana (Vasconcelos) representa uma novidade em termos de destaque dado a uma escultura. É a única coisa que se vê quando se sobre as escadas. É impressionante”, descreveu.
Na exposição estão também vários projetos de arquitetura, incluindo uma colaboração do ateliê de Hugh Strange com Álvaro Siza Vieira, para uma cobertura em cimento branco de ligação entre dois silos industriais que estão a ser convertidos para um cliente particular.
A ‘Exposição de Verão’ da Royal Academy é a maior e mais antiga exposição de arte do mundo, realizando-se anualmente desde 1769, a apresentar sempre, em simultâneo, trabalhos de artistas conhecidos e de talentos emergentes.
A edição deste ano vai estar aberta atéa 19 de agosto e inclui uma exposição paralela sobre a história do acontecimento, ao longo das suas 250 edições consecutivas, em 249 anos.
Os trabalhos dos artistas portugueses não estão para venda, mas a maioria das obras de arte pode ser adquiridas, revertendo parte das receitas para os alunos de Belas Artes das escolas da Royal Academy.
Os preços variam entre algumas centenas de euros até vários milhões, como é o caso de uma obra do artista urbano Banksy, avaliada em 350 milhões de euros (cerca de 400 milhões de euros).

quinta-feira, 14 de junho de 2018

Artesanato português celebra património e tradições com evento internacional

A Feira Internacional do Artesanato está de regresso de 23 de junho e 1 de julho, em Lisboa para dar a conhecedr e a adquirir peças de artesanato únicas, de todas as regiões do país.

A Feira Internacional do Artesanato (FIA) é um dos acontecimentos mais emblemáticos e apreciados pelo público em geral,” onde os visitantes terão a oportunidade de degustar inúmeros sabores, entrar nas danças e tradições dos quatro cantos do mundo e apreciar o que de mais rico e emblemático temos no nosso país”, apresenta a organização.
Este ano a FIA conta com uma exposição de peças originais de três criadores nacionais: Joana Vasconcelos, Filipe Faísca e Nuno Gama.
O artesanato português estará representado de Norte a Sul do país, passando pelas Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, com peças de artesanato únicas.
“Começando a Norte encontramos o famoso galo de Barcelos, e toda a olaria tosca, colorida e caricaturista da região, as rendas de bilros e as camisolas à poveiro de Vila do Conde, os lenços dos namorados de Vila Verde, a joalharia em filigrana em Viana do Castelo e barcos criados a partir de búzios da Póvoa do Varzim”, revela a organização.

quarta-feira, 13 de junho de 2018

Hoje comemora-se o Dia de Santo António

Santo António – batizado com o nome de Fernando e Bulhões – nasceu em Lisboa, entre 1191 e 1195, numa casa que se pensa ter existido no local onde, mais tarde, foi construída a Igreja em sua honra: a Igreja de Santo António.
Fez os primeiros estudos na Sé e no Mosteiro de São Vicente de Fora e os estudos superiores no Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra, onde passou grande parte da sua vida.
Ainda muito jovem, ingressou na Ordem dos Franciscanos.
Era um pregador culto e apaixonado, conhecido pela sua devoção aos pobres e pela habilidade para converter heréticos. Leccionou Teologia em diversas universidades europeias e passou os seus últimos meses de vida em Pádua, Itália, onde viria a falecer em 1231.
Reza a história que ao amanhecer do dia 13, Santo António desmaia e, sentindo que a morte se aproximava, pede para ser levado para a pequena igreja de Santa Maria Mater Domini, em Pádua, onde tinha vivido. Não aguenta a difícil viagem no carro de bois e tem de parar em Arcella, às portas de Pádua. Santo António morreu numa sexta-feira, no convento de Santa Maria de Arcella.
A Igreja Católica canonizou-o menos de um ano depois da sua morte e, em 1934, o Papa Pio XI proclamou-o segundo Padroeiro de Portugal, a par de Nossa Senhora da Conceição.1213
Santo António é, vulgarmente, considerado como um santo casamenteiro, pois, segundo a lenda, era um excelente conciliador de casais.
É particularmente venerado na Cidade de Lisboa, onde se comemora, no dia da sua morte, 13 de Junho, o Feriado Municipal.
As festas em sua honra começam logo no dia 12 com a realização dos Casamentos de Santo António.

130 anos da morte do grande poeta Fernando Pessoa

ANTÓNIO
Nasci exactamente no teu dia —
Treze de Junho, quente de alegria,
Citadino, bucólico e humano,
Onde até esses cravos de papel
Que têm uma bandeira em pé quebrado
Sabem rir...
Santo dia profano
Cuja luz sabe a mel
Sobre o chão de bom vinho derramado!
Santo António, és portanto
O meu santo,
Se bem que nunca me pegasses
Teu franciscano sentir,...
Fernando Pessoa | 13/06/1888 - 30/11/1935.

A outra personagem que torna histórica a data é o nascimento do “poeta dos heterónimos”.
Fernando (António, por Santo António) Pessoa, nasceu em Lisboa em 1888 e morreu na mesma cidade em 1935. Como se pode ver, também não foi muito longevo, mas viveu o tempo suficiente para nos deixar uma obra literária imensa, no tamanho e na extensão, e para marca profundamente toda a poesia portuguesa do século XX, sendo que hoje, no XXI, ainda se lhe sente a influência, dentro de Portugal e não só. Poeta e criador de poeta, conseguiu legar-nos uma obra de indiscutível valor, tanto como ortónimo como cada um dos seus heterónimos.
Como poeta ultrapassou nitidamente as fronteiras nacionais e é, desde meados do século passado, conhecido, admirado, traduzido e seguido um pouco por todo o mundo, porque marcou profundamente a modernidade, tal como Picasso ou Stravinsky, por exemplo.
Sendo fundamentalmente poeta, Pessoa foi muito mais. Foi um pensador – a nossa filosofia està na nossa poesia, algo assim escreveu alguma vez Miguel de Unamuno – e nesse sentido o seu Livro do Desassossego é incontornável. Mas meteu-se também pelo teatro, pelos argumentos cinematográficos, pelo ensaio e até pelo esoterismo, porque nada se lhe escapou, nem sequer a contabilidade e o marketing

domingo, 10 de junho de 2018

Dia de Portugal, Camoes e das Comunidades Portuguesas

Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!

Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu. O mar português Fernando Pessoa. 

segunda-feira, 4 de junho de 2018

Celebrações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas em Caracas, na Venezuela.

Um concerto sobre o “Fado de Coimbra Sinfónico”, ao qual assistiram mais de duas mil pessoas, marcou  o início das celebrações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas em Caracas, na Venezuela.
O evento, de entrada livre, teve lugar na Aula Magna da Universidade Central da Venezuela (UCV) e foi realizado em conjunto pelas embaixadas de Portugal e do Brasil em Caracas, o Instituto Camões e a direção de Cultura da UCV.
“Temos aqui reunidos três exemplos de património da humanidade: a Universidade Central da Venezuela, a Universidade de Coimbra, uma das mais antigas do mundo, e ainda o fado, que é património imaterial da humanidade, decretado pela Unesco em 2011”, disse o embaixador de Portugal em Caracas, Carlos Sousa Amaro.
O concerto, ao qual assistiram mais de 2.000 pessoas, foi, segundo o diplomata, “um verdadeiro diálogo entre três povos irmãos (Venezuela, Brasil e Portugal) através da língua universal que é a música, que une os povos e não tem fronteiras”.
Durante hora e meia, a Orquestra Sinfónica da Venezuela e os músicos portugueses Nuno Correia da Silva (fadista), Ricardo Dias (guitarra portuguesa) e Luís Ferreirinha (viola), fizeram um périplo pelo fado de Coimbra, sob a direção do maestro João Maurício Galindo, do Brasil