terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Lusitânia, a terra que os romanos demoraram 200 anos a ganhar

O Museu Nacional de Arqueologia mostra a partir de hoje uma exposição que reúne estátuas, utensílios e marcas da província que ia do Douro ao Algarve e se estendia até Espanha.
É preciso recuar a antes de Cristo para situar o nascimento da Lusitânia romana, a província que une parte do território que é hoje Portugal e parte Espanha. Mais precisamente: abaixo do Douro e até ao Algarve, parte da Extremadura espanhola e uma pequena parte da Andaluzia. A época do nascimento de Augusta Emerita, Mérida, fundada do zero , como Brasília, compara José María Álvarez Martínez, diretor do Museu Nacional de Arte Romana da cidade espanhola e comissário da exposição. Foi lá que a exposição Lusitânia Romana se viu primeiro, entre março e . Hoje é inaugurada no Museu Nacional de Arqueologia (MNA).
Fronteiras à parte, 20 séculos depois, o museu espanhol e o museu português reuniram 210 peças (81 de Portugal e 129 de Espanha), entre elas vários tesouros nacionais, das guerras pela conquista do território ao legado que este povo deixou em localidades tão distintas como Bobadela, em Oliveira do Hospital, a Quinta das Longas, em Évora ou Almendrejo, perto de Badajoz. O abastecimento das populações faz-se por via marítima, do Mediterrâneo até ao porto de Olissipo, (Lisboa) e também pelo Tejo. "A margem está marcada por um caminho de sirga que servia para os animais puxarem barcaças", explica Carlos Fabião, professor da Faculdade de Letras.


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