quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Muitos livros e pouca literatura

A rentrée literária tem muito livros mas faltam as grandes obras e novos autores. É caso para dizer que as editoras não olham para a crise como uma oportunidade.

Estranhamente, após um péssimo início de ano a nível de vendas seria de esperar que o final de 2015 fosse de grandes apostas! Ao percorrer as listas de novidades das dezenas de editoras, no entanto, não se encontram respostas à crise que afetou o bolso dos leitores. Principalmente, nota-se a ausência de novos autores que suscitem a curiosidade que provocaram nomes como ainda há poucos anos, caso de Gonçalo M. Tavares ou Valter Hugo Mãe, Mia Couto ou José Eduardo Agualusa. Isto para não falar da estranha ausência de escritoras que surpreendam.
Parte assim o leitor para um segundo semestre de edição envolto numa neblina que só se dissipa com alguns best-sellers estrangeiros e uma mão pouco cheia de títulos nacionais. 


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