quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Cinema: Leonel Vieira contra Orson Welles


E reencontramos O Pátio das Cantigas. Valerá a pena dizer alguma coisa a propósito das considerações de Leonel Vieira sobre aquilo que ele chama a "crítica"? (Notícias Magazine, 6 de setembro). Creio que sim, quanto mais não seja porque assistimos à renovação de um discurso de difamação pessoal que, no plano profissional, conheço há mais de 40 anos.
Quando um realizador de um filme que já teve meio milhão de espectadores aplica esse número como um argumento para denegrir o pensamento de "quatro ou cinco pessoas" (sic) que formularam juízos de valor negativos sobre o seu trabalho, o que se procura é apenas desvalorizar o ato de pensar. Na prática, o sistema mental de Leonel Vieira confere legitimidade a mim e a Jorge Leitão Ramos (somos os dois citados na pergunta que lhe foi colocada) para aplicar o mesmo modelo de silogismo. Poderia, por exemplo, referir os leitores que vieram dizer-me: "Gostei muito do que escreveu - que péssimo filme!" Será que é esse tipo de chicana que ele tenta protagonizar e, sobretudo, generalizar?


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