sábado, 29 de agosto de 2015

Cinema: Miguel Gomes: "São as mil e uma noites da crise"

Chega quinta-feira aos cinemas o primeiro volume de As Mil e Uma Noites, de Miguel Gomes. O realizador conta como quis mostrar o tempo "virtualmente infinito" que vai durar a atual crise.
Como reage ao fenómeno de aclamação internacional que As Mil e Uma Noites tem vindo a ter?
Essa aclamação não é unânime. O Le Figaro escreveu que o filme era um disparate pegado... São coisas que não podemos controlar, de todo, mas é sempre melhor quando existe alguma adesão do que quando não há nada, ou apenas animosidade. O filme seria exatamente o mesmo, se estivesse a suscitar outro tipo de reações. Por exemplo, em relação ao Tabu, não sinto nenhuma particular diferença na receção de um e de outro. O que muda muito, para mim, é a questão de como as pessoas o vão ver, porque ver As Mil e Uma Noites é quase uma aventura. E penso que a divisão em três volumes altera completamente a perceção do filme. Nas antestreias que já se fizeram em Portugal, houve quem começasse por ver o último, depois o primeiro... enfim, isso levou-me à ideia de que o filme pode ser uma experiência absolutamente diferente para cada pessoa, pelo simples facto de se trocar a ordem, ou até por coisas menos radicais.


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