sábado, 19 de outubro de 2013

Hoje: Praça Luís de Camões…

            Hoje, pelas 11 h, será  inaugurada a Praça Luís de Camões, na estrada que une El Cafetal a Macaracuay. Trata-se de uma iniciativa – muito louvável, por certo – do Centro Português, que assim homenageia a figura do “príncipe dos poetas portugueses” e fá-lo com um espaço a recordar uma arte decorativa tipicamente nacional: a calçada portuguesa!

O trabalho foi feita com pedra portuguesa e por um mestre calceteiro trazido especialmente de Lisboa.

A calçada começou em Portugal de forma diversa da que hoje é mais corriqueira. São as cartas régias de 20 de Agosto de 1498 e de 8 de Maio de 1500, assinadas pelo rei D. Manuel I, que marcam o início do calcetamento das ruas de Lisboa, mais notavelmente o da Rua Nova dos Mercadores (antes Rua Nova dos Ferros). Nessa época, foi determinado que o material a utilizar deveria ser o granito da região do Porto, que, pelo transporte implicado, tornou a obra muito dispendiosa. O terramoto de 1755, a consequente destruição e reconstrução da cidade lisboeta, em moldes racionais mas de custos contidos, tornou a calçada algo improvável à época. Contudo, já no século seguinte, foi feita em Lisboa no ano de 1842, uma calçada calcária, muito mais próxima da que hoje mais conhecemos e continua a ser utilizada. O trabalho foi realizado por presidiários (chamados "grilhetas" na época), a mando do Governador de armas do Castelo de São Jorge, o tenente-general Eusébio Pinheiro Furtado. O desenho utilizado nesse pavimento foi de um traçado simples (tipo zig-zag) mas, para a época, a obra foi de certa forma insólita, tendo motivado cronistas portugueses a escrever sobre o assunto. Em O Arco de Sant'Ana, romance de Almeida Garrett, também a calçada seria referida, tal como em Cristalizações, poema de Cesário Verde. (Tomado de Wikipedia).

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