segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

“O Portugal dos Filipes é uma criação portuguesa”

Uma rainha culta que morre jovem e deixa como herança o Museu do Prado. Um rei que carrega uma lenda negra e para quem o mundo é de papel. Conversa com o historiador espanhol Fernando Bouza sobre Isabel de Bragança e Filipe II.

Fernando Bouza, catedrático de História Moderna da Universidade Complutense de Madrid, esteve em Lisboa para duas conferências na Fundação Gulbenkian, a propósito da exposição A História Partilhada. Tesouros dos Palácios Reais de Espanha.
Numa falou sobre Isabel de Bragança, uma princesa culta a quem se deve o Museu do Prado, que trocou um “Rio de Janeiro exuberante” pela Madrid do tio e marido, capital de um reino “entre a sombra e a luz”. Na outra abordou o Portugal dos Filipes, cheio de medos, esperanças e contradições.
Historiador generoso, Bouza é autor de uma extensa bibliografia centrada na política e na cultura da alta Idade Moderna, em particular do Século de Ouro espanhol, com vários títulos dedicados à monarquia hispano-portuguesa de 1580-1640, sobretudo a Filipe II de Espanha, I de Portugal (Portugal no Tempo dos Filipes; D. Filipe I; Cartas para duas Infantas Meninas: Portugal na correspondência de D. Filipe I para as suas filhas).


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