segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Cinema: Interessa-me aproximar-me de uma raiz mitológica da adolescência...



Este é o território de João Salaviza: a adolescência, as assombrações que não se conseguem nomear, o desejo, a morte. E em Montanha, estreia na longa-metragem do realizador de 31 anos, tudo isso está próximo de uma raiz mitologica.
Montanha, primeira longa-metragem de João Salaviza, retoma com outro fôlego vários elementos que já conhecíamos das suas curtas-metragens, Arena (2009, Palma de Ouro em Cannes) ou Rafa (2012, Urso de Ouro em Berlim): o olhar sobre a adolescência, mas também a sua articulação com o espaço urbano, com a descoberta da cidade, num confronto entre a imanência daquelas presenças - as humanas, como os miúdos ou a personagem da mãe - e as assombrações que naquela idade ainda não se conseguem nomear - a morte, as primeiras manifestações do desejo.


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