sexta-feira, 8 de março de 2013

Avaliação docente em Portugal não corresponde às boas práticas propostas pela OCDE


Nem os resultados obtidos pelos alunos podem ser ignorados na avaliação docente, nem esta pode ser efectiva se não tiver no seu centro o que acontece em sala de aula, defende a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) num relatório divulgado nesta sexta-feira.

Em Portugal, devido à forte contestação de sindicatos e movimentos de professores, foi deixada cair a proposta de Maria de Lurdes Rodrigues no sentido de os resultados dos alunos contarem para a avaliação docente, e a observação das aulas passou a ter, em regra, um carácter facultativo.

No seu relatório Teachers for the 21st Century – Using Evaluation To Improve Teaching [Professores para o século XXI – Usar a avaliação para melhorar o ensino], a OCDE parte do princípio enunciado no título: o de que a avaliação docente deve contribuir para a melhoria do sistema de ensino e não apenas para a progressão na carreira. Frisando que “os resultados obtidos pelos estudantes são o critério essencial para o sucesso de um sistema de ensino” e que os “professores contam” no que respeita ao sucesso académico dos estudantes, a OCDE dá conta de que continua a existir, em alguns países, uma “combinação mal sucedida” entre os resultados obtidos pelos docentes na sua avaliação e aqueles que são alcançados pelos estudantes.


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