sexta-feira, 30 de julho de 2010

Arte rupestre brilha com novas tecnologias

Num investimento de 18 milhões de euros, Museu do Côa abre hoje portas.

Um mergulho na escuridão. É essa a primeira sensação ao entrar no Museu do Côa, espaço que é hoje inaugurado ao meio-dia, com direito à presença do primeiro-ministro, José Sócrates, e da ministra da Cultura, Gabriela Canavilhas.
A entrada através de uma espécie de fenda nas rochas, criada artificialmente pelos arquitectos Tiago Pimentel e Camilo Rebelo, prepara para essa sensação. Na bilheteira, logo do lado esquerdo, é preciso trocar cinco euros para entrar neste santuário. E, ao fundo do corredor, uma luz negra dá vida a um auroque (uma espécie de bovídeo) que reflectido numa instalação de Ângelo de Sousa parece querer saltar do betão cru que domina todo o interior. Não há como enganar: é ali que começa o percurso. Para facilitar a compreensão, as três primeiras das seis salas de exposição contextualizam o visitante: mostram o território do Côa, as gravuras rupestres aí encontradas, onde no mundo existe este tipo de arte, salientando assim a importância da região e dos achados em termos de Património da Humanidade. O recurso a vídeos, alguns interactivos, e a diversos pontos de luz dão uma ajuda preciosa e recriam até as origens do planeta e das rochas em que está gravada a arte rupestre paleolítica.


Artes - DN

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