quarta-feira, 7 de outubro de 2015
"Só podemos fotografar aquilo que amamos ou odiamos muito"Hoj
Volta e meia, Paulo Nozolino tira um
fotograma do bolso da camisa. Manuseia-o sem excessivo cuidado. Ergue-o no ar e
fala dele como se fosse a coisa mais importante do mundo. Depois de vermos as
fotografias que escolheu para Make
do, a exposição que acaba de ser inaugurada na Galeria Quadrado Azul, em
Lisboa, percebemos porquê. O formato das provas positivas é exactamente igual
ao negativo, à matriz. E para chegar ao seu conteúdo é preciso concentração e
tempo. É preciso fixar o olhar a um palmo do vidro da moldura para se conseguir
ver efectivamente o que lá se mostra: mulheres.
O formato das imagens é novo no percurso
expositivo de Nozolino e a forma como chegou até às 20 fotografias de Make
do (expressão inglesa
quer dizer algo como “faz alguma coisa com aquilo que tens”) também – durante
meses percorreu todo o seu arquivo exclusivamente à procura do corpo feminino,
tarefa a que nunca se tinha dedicado, pelo menos com um propósito tão definido.
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