sábado, 24 de outubro de 2015
A minha alma em Lisboa...
No
acto de inauguração, para além de membros do IPC e do fotógrafo, estiveram presentes o
Presidente e o Director de Cultura do Centro Português.
A
mostra estará aberta até meado de Novembro e
conta com os auspícios do Instituto Camões.
A Lisboa
chega-se para nela se deixar a alma. Nas suas ruas empinadas, nos seus
eléctricos, nas telhas das suas casas sempre a olharem o mar. Nas suas avenidas
calcetadas capazes de harmonizar com uma modernidade que insiste em instalar-se
na cidade sem a privar do seu passado. Na poesia de Pessoa, capaz de
transformar em versos esse enigma metafísico que é a capital portuguesa, a
qual, segundo a mitologia, foi fundada pelo próprio Ulisses, o d’A Odisseia.
Como quer que
se que entrelace a textura da sua história, Lisboa é sempre possível de
descobrir, descobrir e redescobrir, pois aquele que a caminha encontra muito de
si mesmo nesta cidade que não sucumbiu aos males das grandes urbes
contemporâneas.
Sem importar
o portento arquitectónico das suas construções recentes, sempre, sempre, há uma
janela enfeitada de flores, um muro recoberto de belos azulejos, um imponente
mosteiro de estilo renascentista, um café acolhedor ou o embriagante e
inesperado acorde de algum fado de Amália Rodrigues para que Lisboa produza a
sua magia: instalar-se na alma de quem a recorre como se se tratasse ainda de
outro surco aberto pelas águas gentis do rio Tejo.
Deixa-se um
pedaço da nossa alma em Lisboa porque um pedaço de Lisboa fica na nossa alma,
inevitável e maravilhosamente. As fotografias de Héctor Vivas são disso prova,
na medida em que reflectem uma aproximação visual da cidade que transcende o
turístico para mostrar um olhar fascinado por esta cidade que poetizaram Pessoa
e Camões, que já foi ficcionada, documentalizada, que uma vez visitada, jamais
é esquecida.
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