quinta-feira, 8 de outubro de 2015
1891 – Primeira mulher na numa universidade portuguesa...
Domitila Hormizinda Miranda
de Carvalho (Travanca da Feira, 10 de Abril de 1871 — Lisboa, 11 de Novembro de 1966) foi médica, professora,
escritora e política, sendo a primeira mulher a frequentar a Universidade
de Coimbra, onde se licenciou em
Matemática, Filosofia e Medicina, e uma das primeiras três deputadas eleitas em
Portugal ao integrar em 1934a lista
dos deputados escolhidos pela União
Nacional para a I Legislatura da Assembleia
Nacional. Foi
poetisa e sócia da Academia das
Ciências de Lisboa.
Domitila Hormizinda Miranda de Carvalho
nasceu em Travanca da Feira (Aveiro), filha de um professor do ensino primário,
ficando órfã de pai com apenas um ano de idade. Fez os primeiros estudos em Castelo Branco, cujo
liceu frequentou, tendo prosseguido estudos nos liceus de Bragança e Leiria. Terminou o ensino liceal
em 1891.
Terminado o ensino secundário com excelentes
resultados nos exames finais, a instâncias dos professores e da mãe requereu a
matrícula ao Magnífico Reitor e tornou-se a primeira mulher, depois da reforma
universitária de 1772, a ser admitida na Universidade
de Coimbra, onde se matriculou em
Outubro de 1891. Como condição para a admissão,
foi obrigada, por indicação do reitor, a trajar sempre de negro, com chapéu
discreto e de um modo sóbrio de forma a que não se evidenciasse entre os
colegas masculinos, obrigatoriamente vestidos de capa e batina botoada.
Iniciou a frequência dos cursos de Matemática
e Filosofia, os quais concluiu com distinção em 1894 e 1895, respectivamente.
Matriculou-se de seguida no curso de Medicina e
até 1896 foi a única aluna da
Universidade. Quando se doutorou em Medicina, em 1904, com 16 valores, teve por
madrinha a rainha D. Amélia de Orleães.
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