quarta-feira, 14 de outubro de 2015
António Tavares vence Prémio Leya com romance sobre a Cova da Beira entre 1968 e o 25 de Abril
O Prémio Leya 2015 foi esta terça-feira
atribuído a António Tavares, pelo romance O
Coro dos Defuntos. O júri escolheu esta obra, que começa em 1968 e termina no
dia 25 de Abril de 1974, por unanimidade. Este é o galardão de maior valor
pecuniário - 100 mil euros - para romances inéditos em literatura de expressão
portuguesa.
António Tavares queria mesmo que este
fosse o seu segundo romance, depois de ter sido já finalista do Prémio Leya em 2013 com o primeiro, As Palavras que me Deverão Guiar um Dia (edição Teorema, Grupo Leya).
Sentiu, como disse ao PÚBLICO uma hora depois do anúncio do seu nome como
vencedor deste prémio, que "era inevitável" escrever sobre o período
de intensas mudanças que o país e o mundo sofreram entre 1968 e 1974. "No
nosso país, isso significou muito - por um lado, o morrer de um regime e o
renascer de outro. Chama-se Coro dos Defuntos porque a aldeia" no centro da
história, no centro das beiras, "fala como um coro. E esse coro, essas
pessoas, já estão moribundas. Quase defuntos, porque logo a seguir vem o 25 de
Abril, vem a liberdade, o varrer de novas ideias, o abalar das crenças e
convicções do mundo rural. É a última geração que vive esse momento".
Etiquetas:
Literatura
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