sexta-feira, 26 de dezembro de 2014
Amélia Muge: "Tive mais rodeios com Amália do que com Pessoa"
Amélia Muge pode não ser fadista, mas o fado há muito que faz parte da
sua personalidade musical híbrida, que tanto vai à tradição popular portuguesa
como à cultura mediterrânea. Já escreveu, por exemplo, para Mísia, Ana Moura,
Mafalda Arnauth, Pedro Moutinho ou Cristina Branco. A cantora e compositora
tinha, assim, uma "necessidade de homenagear o fado e os fadistas",
mas não sabia como o fazer sem ser com um disco de fado. Daí surge uma sugestão
da poeta e atriz Manuela de Freitas, a de musicar os versos de Amália
Rodrigues. Juntou-se a José Mário Branco, José Martins e ao grego Michales
Loukovikas e nasceu Amélia com versos de Amália, onde as palavras da
fadista ganham uma vida que vai muito além do fado.
"Tive mais rodeios e cautelas a fazer este trabalho do que a musica
Fernando Pessoa", confessa Amélia Muge ao DN. "Fernando Pessoa é
poeta, mas a Amália é muito mais que isso, extravasa esse lado e tem uma carga
simbólica quase mítica".
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