quarta-feira, 31 de dezembro de 2014
terça-feira, 30 de dezembro de 2014
Cinema:Virados procura alcançar Maias
Filme de época realizado
por João Botelho lidera lista nacional de 2014.
Com o
aproximar do final do ano, dois filmes lusos lutam pelo título do mais visto em
2014.
De acordo com
dados do Instituto do Cinema e do Audiovisual (ICA), e até ao dia 24 de
dezembro, ‘Virados do Avesso’ já tinha levado às salas nacionais 97 715
espectadores, tendo obtido mais de meio milhão de euros em receitas.
Contudo, os
números da comédia dirigida por Edgar Pêra deverão ser ainda maiores, já que o
ICA informa que estão ainda em falta as informações de dois exibidores para os
dados da última semana. Ou seja, ‘Virados do Avesso’ já terá ultrapassado a
fasquia dos 100 mil espectadores em Portugal.
Ainda assim,
a liderança de 2014 continua a pertencer a ‘Os Maias – Cenas da Vida
Romântica’, de João Botelho, que levou às salas mais de 113 mil espectadores
(gerando 564 mil euros em receitas).
A fechar o
pódio deste ano surge ‘Os Gatos Não Têm Vertigens’, de António-Pedro
Vasconcelos, que foi visto por mais de 93 mil espectadores (476 mil euros em
bilheteira).
De resto,
estes três filmes entraram no top 20 das películas nacionais mais vistas desde
2004 (ano em que o ICA começou a compilar estes dados). ‘Os Maias’ surge na
décima posição, enquanto que ‘Virados do Avesso’ ocupa o 12º lugar,
imediatamente à frente de ‘Os Gatos Não Têm Vertigens’.
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Cinema Português
segunda-feira, 29 de dezembro de 2014
Arquitetura: Português nomeado para fotógrafo do ano
Há um português entre os 15 finalistas do concurso internacional 2014 Art
of Building Photographer of the Year, promovido pelo Chartered Institute of
Building (CIOB), organismo que representa os profissionais da área da
construção de todo o mundo e que, anualmente, premeia o fotógrafo que melhor
captou a beleza da arquitetura.
O registo português nomeado é uma imagem a preto e branco captada na Biblioteca Municipal de Viana do Castelo, uma obra de Siza Vieira, por Pessoa Neto, estando o fotógrafo habilitado ao prémio de 3.000 dólares (cerca de 2.450 euros) com que será galardoado o vencedor, que pode ser escolhido pelo público mundial através de uma votação online até 11 de Janeiro.
O registo português nomeado é uma imagem a preto e branco captada na Biblioteca Municipal de Viana do Castelo, uma obra de Siza Vieira, por Pessoa Neto, estando o fotógrafo habilitado ao prémio de 3.000 dólares (cerca de 2.450 euros) com que será galardoado o vencedor, que pode ser escolhido pelo público mundial através de uma votação online até 11 de Janeiro.
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Arquitectura
domingo, 28 de dezembro de 2014
Curta-metragem de Manoel de Oliveira no Festival de Roterdão
O 44.º Festival de Cinema de Roterdão realiza-se de
21 de janeiro a 1 de fevereiro.
Por Lusa
A curta-metragem "O Velho do Restelo", de
Manoel de Oliveira, que se estreou este ano no Festival de Veneza, integra a
secção "Signals: Regained", do Festival de Roterdão, que abre em
janeiro, foi divulgado esta segunda-feira.
O filme conta com as atuações de Ricardo Trêpa,
Luís Miguel Cintra, Diogo Dória e Mário Barroso para, respetivamente,
encarnarem Dom Quixote, Camões, Teixeira de Pascoaes e Camilo Castelo Branco.
O 44.º Festival de Cinema de Roterdão realiza-se de
21 de janeiro próximo a 01 de fevereiro, e a programação total é anunciada no
dia 14 de janeiro.
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Cinema Português,
Manoel de Oliveira
sábado, 27 de dezembro de 2014
EUA: Congresso preserva filmes de Carmen Miranda
Dois filmes de Carmen Miranda
estão entre os preservados pelo Congresso Americano, revelou esta quarta-feira
o National Film Preservation Board, todos os anos seleciona até 25 filmes a
serem preservados, para sempre, na biblioteca do Congresso norte-americano.
A 'Sinfonia dos Trópicos' (1940), o filme que a tornou conhecida nos EUA, e a 'Sinfonia de Estrela' (1943), que inclui a famosa cena da atriz a usar o famoso chapéu com frutas, são as duas películas que vão ficar na biblioteca.
A lista também inclui títulos como 'Bert Williams Lime Kiln Club Field', um filme mudo de 1913, '13 Lakes', de 2004, 'O Rei dos Gazeteiros', a primeira aniação da Pixar, e que ganhou inclusivamente um Óscar de animação, 'O Resgate do Soldado Ryan', de 1998, ou 'Willy Wonka e a Fábrica de Chocolate', que chegou aos cinemas em 1971.
A 'Sinfonia dos Trópicos' (1940), o filme que a tornou conhecida nos EUA, e a 'Sinfonia de Estrela' (1943), que inclui a famosa cena da atriz a usar o famoso chapéu com frutas, são as duas películas que vão ficar na biblioteca.
A lista também inclui títulos como 'Bert Williams Lime Kiln Club Field', um filme mudo de 1913, '13 Lakes', de 2004, 'O Rei dos Gazeteiros', a primeira aniação da Pixar, e que ganhou inclusivamente um Óscar de animação, 'O Resgate do Soldado Ryan', de 1998, ou 'Willy Wonka e a Fábrica de Chocolate', que chegou aos cinemas em 1971.
sexta-feira, 26 de dezembro de 2014
AIEP: Carlos do Carmo eleito Personalidade do Ano
Carlos do Carmo
ganhou o prémio Personalidade do Ano - Martha de La Cal 2014, atribuído pela
Associação de Imprensa Estrangeira em Portugal, graças ao seu contributo para a
promoção da imagem do país no estrangeiro.
Esta distinção teve em conta a divulgação do nome de Portugal pelo cantor, com 51 anos de palco, que este ano tornou-se no primeiro português a receber um Grammy Latino de Carreira.
O prémio, que já vai na sua 25.ª edição, foi anunciado esta terça-feira, durante a festa de Natal da AIEP, em Lisboa. A distinção será entregue no primeiro trimestre de 2015, ainda sem data definida.
Carlos do Carmo, filho da fadista Lucília do Carmo, nasceu em 1939 em Lisboa, sucede-se agora a nomes como Mário Soares (vencedor de 2013), Joana Vasconcelos, Paula Rego, Durão Barroso, Mariza ou Luís Figo.
Esta distinção teve em conta a divulgação do nome de Portugal pelo cantor, com 51 anos de palco, que este ano tornou-se no primeiro português a receber um Grammy Latino de Carreira.
O prémio, que já vai na sua 25.ª edição, foi anunciado esta terça-feira, durante a festa de Natal da AIEP, em Lisboa. A distinção será entregue no primeiro trimestre de 2015, ainda sem data definida.
Carlos do Carmo, filho da fadista Lucília do Carmo, nasceu em 1939 em Lisboa, sucede-se agora a nomes como Mário Soares (vencedor de 2013), Joana Vasconcelos, Paula Rego, Durão Barroso, Mariza ou Luís Figo.
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Carlos do Carmo,
Fado
Amélia Muge: "Tive mais rodeios com Amália do que com Pessoa"
Amélia Muge pode não ser fadista, mas o fado há muito que faz parte da
sua personalidade musical híbrida, que tanto vai à tradição popular portuguesa
como à cultura mediterrânea. Já escreveu, por exemplo, para Mísia, Ana Moura,
Mafalda Arnauth, Pedro Moutinho ou Cristina Branco. A cantora e compositora
tinha, assim, uma "necessidade de homenagear o fado e os fadistas",
mas não sabia como o fazer sem ser com um disco de fado. Daí surge uma sugestão
da poeta e atriz Manuela de Freitas, a de musicar os versos de Amália
Rodrigues. Juntou-se a José Mário Branco, José Martins e ao grego Michales
Loukovikas e nasceu Amélia com versos de Amália, onde as palavras da
fadista ganham uma vida que vai muito além do fado.
"Tive mais rodeios e cautelas a fazer este trabalho do que a musica
Fernando Pessoa", confessa Amélia Muge ao DN. "Fernando Pessoa é
poeta, mas a Amália é muito mais que isso, extravasa esse lado e tem uma carga
simbólica quase mítica".
Arte Urbana de Lisboa em destaque no El País
Adicionar legenda |
A iniciativa da
autarquia lisboeta que tem como objetivo dinamizar e revitalizar fachadas de
edíficios históricos da capital através da arte urbana está, esta semana, em
destaque no jornal espanhol El País.
O projeto Galeria de Arte Urbana (GAU), da Câmara Municipal de Lisboa, começou há seis anos e fez com que Lisboa alcançasse o sexto lugar das cidades com mais e melhor arte urbana, onde "os melhores artistas de rua do panorama mundial têm a sua marca", salienta a reportagem.
O jornal espanhol entrevista dois funcionários da equipa da Galeria de Arte Urbana da Câmara Municipal de Lisboa, José Vicente, fotográfo, e Inês Machado, antropóloga.
O projeto Galeria de Arte Urbana (GAU), da Câmara Municipal de Lisboa, começou há seis anos e fez com que Lisboa alcançasse o sexto lugar das cidades com mais e melhor arte urbana, onde "os melhores artistas de rua do panorama mundial têm a sua marca", salienta a reportagem.
O jornal espanhol entrevista dois funcionários da equipa da Galeria de Arte Urbana da Câmara Municipal de Lisboa, José Vicente, fotográfo, e Inês Machado, antropóloga.
Lisboa, museo de arte urbano
El funcionario Xosé Vicente va siempre con una cámara al
hombro. Su misión es fotografiar las pintadas de las calles de Lisboa,
documentarlas y archivarlas para que consten en el legado histórico de la
ciudad. Inés Machado es antropóloga, pero no le pagan para descubrir tribus
amazónicas.
También funcionaria, se dedica a convencer a los vecinos de que el
grafiti les hará mejores, les reducirá el vandalismo y quitarán espacios
públicos a la droga o al botellón.
Machado y Vicente son dos de los cinco empleados públicos
que forman el equipo Galería de Arte Urbana (GAU) del Ayuntamiento
de Lisboa, dedicados exclusivamente a buscar paredes, contactar con sus
dueños y convencerles de que una pintada revalorizará su propiedad y su ciudad.
quinta-feira, 25 de dezembro de 2014
Sessenta por cento das sessões exibiram filmes norte-americanos e apenas 12% filmes portugueses.
O cinema voltou a perder espectadores no ano passado, uma quebra de
9,2%, numa tendência que se mantém desde 2002, indicam hoje os dados do
Instituto Nacional de Estatística (INE).
No total, foram exibidos 1042 filmes (348 estreias), tendo-se realizado
558 mil sessões de cinema, que tiveram cerca de 12,5 milhões de espetadores. Ou
seja, menos sete milhões do que há doze anos. Só nos últimos dois anos os
cinemas perderam 3,2 milhões de espetadores: menos 1,3 milhões em 2013 e menos
1,9 milhões no ano anterior.
Um quarto dos filmes exibidos nos cinemas portugueses eram
norte-americanos, concentrando 61,6% das sessões e proporções ligeiramente
superiores de espectadores e receita. Houve 357 filmes europeus, em 15,1% das
sessões corresponderam 16% do total de espetadores e das receitas de
bilheteira, com destaque para os franceses.
Aliás o filme mais visto foi A Gaiola Dourada, uma co-produção
luso-francesa, seguido de Velocidade Furiosa 6 e da animação Frozen -
O Reino Congelado.
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Cinema
A descoberta de uns frescos do final do século XV numa igreja em Abrantes
Em
Novembro, na sequência de trabalhos de conservação e restauro na Igreja de
Santa Maria do Castelo, foram descobertos uns frescos que abrem uma nova página
na história de Abrantes.
Em Abrantes nada como dantes. Pelo menos num dos
principais monumentos da cidade, a Igreja de Santa Maria do Castelo, que começa
a ganhar uma nova vida depois de a câmara abrantina ter apostado na recuperação
do seu património. No mês passado, foram descobertos nesta igreja frescos de
finais do século XV, inícios do século XVI. Estavam escondidos debaixo dos
azulejos que decoram a igreja desde que há memória. A câmara quer agora retirar
todos os azulejos de uma das paredes para poder dar uma nova vida ao espaço.
Falta apenas a autorização da Direcção-Geral do Património Cultural (DGPC).
Quando se entra no Castelo
de Abrantes, a Igreja de Santa Maria do Castelo, ao cimo, o que nos salta à
primeira vista é o seu portal gótico e a vista privilegiada sobre a cidade.
Está classificada como monumento nacional desde 1910, há ainda histórias por
contar. Principalmente depois da mais recente descoberta: as pinturas a fresco
que estão num estado de conservação notável.
quarta-feira, 24 de dezembro de 2014
Estado adquire colecção de manuscritos de Garrett
A Direcção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas
comprou por 30 mil euros cerca de 400 páginas manuscritas que Garrett redigiu
para o seu Romanceiro. A colecção, que inclui diversos textos inéditos,
foi descoberta em 2004 e estava na posse da família Futscher Pereira.
O Estado português adquiriu um
importante conjunto de manuscritos do escritor e político liberal Almeida
Garrett que estava na posse da família Futscher Pereira, anunciou o secretário
de Estado da Cultura, Jorge Barreto Xavier, na inauguração, esta quinta-feira,
da exposição promovida pelo Panteão Nacional para evocar os 160 anos da morte
do escritor.
São cerca de 400 páginas
manuscritas, todas elas relativas ao trabalho de pesquisa e compilação das
lendas e romances tradicionais empreendido por Garrett, e que resultou na
edição dos três volumes do seu Romanceiro, o primeiro publicado em
1843 e os restantes em 1851.
terça-feira, 23 de dezembro de 2014
BBC destaca nova música portuguesa em programa de rádio
A fadista Carminho, o grupo
Buraka Som Sistema e o guitarrista Filho da Mãe foram alguns dos portugueses em
destaque no programa de rádio "Global Beats", transmitido ontem na
BBC.
O programa, gravado em Lisboa e que repetirá no dia 24, dá conta dos
"novos sons que se fazem ouvir em Lisboa", como apresenta o
jornalista brasileiro da BBC Rodrigo Pinto, e das "múltiplas
influências", de África, do Brasil, e da cultura anglo-saxónica.
Ao longo de quase uma hora, com interpretações ao vivo e entrevistas, o
programa dá protagonismo à fadista Carminho, que tenta explicar o que é o fado,
ao músico António Zambujo, que desvenda as suas influências, a Sara Tavares, de
ascendência cabo-verdiana, a Lula Pena, ou aos Buraka Som Sistema.
Há ainda referências à importância do trabalho da Galeria Zé dos Bois,
destaque para os guitarristas Filho da Mãe e Bruno Pernadas e para o grupo Real
Combo Lisbonense, liderado pelo artista João Paulo Feliciano.
Carlos do Carmo completa 75 anos e é homenageado em Lisboa
A estreia comercial do
documentário estava prevista para o dia de Natal, mas foi adiada para o próximo
ano.
O fadista Carlos do Carmo completa hoje 75 anos e é homenageado com a
exibição do documentário Um Homem no Mundo, de Ivan Dias, que definiu a
obra, em declarações à Lusa, como "um filme de amor".
"Neste filme, [em contacto com os amigos], Carlos do Carmo
revela-se, o que me permitiu, como realizador, poder mostrar este mundo que ele
não pôde a mostrar ao grande público, e só mostrava aos amigos", disse
Ivan Dias.
O filme, exibido hoje, às 18:30, no Cinema S. Jorge, em Lisboa, "é
um filme de afetos, de amizades, quase lhe chamava um filme de Natal, porque é
um filme da família, um filme de amor - eu diria que este é um filme de
amor", afirmou o cineasta que realizou, entre outros, um documentário
sobre o viola baixo Joel Pina, a exibir em fevereiro na RTP.
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Carlos do Carmo,
Fado
Portugal de fora da pré-selecção para o Óscar de melhor filme estrangeiro...
Cinema
português tinha candidatado o documentário de Joaquim Pinto, E Agora?
Lembra-me.
Não foi ainda desta vez que o cinema português conseguiu
entrar na lista dos candidatos à nomeação para o Óscar de melhor filme
estrangeiro pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos EUA. O
documentário E Agora? Lembra-me, que Portugal tinha submetido, ficou de
fora da lista dos nove filmes pré-seleccionados pela Academia de Hollywood
anunciada no fim-de-semana.
A lista dos concorrentes à
nomeação tem produções da Agentina (Wild Tales, de Damián Azifrón),
Estónia (Tangerines, de Zaza Urushadze), Geórgia (Corn Island,
de George Ovashvili), Mauritânia (Timbuktu, de Abderrahmane Sissako),
Holanda (Accused, de Paula van der Oest), Rússia (Leviathan,
de Andrey Zvyagintsev), Suécia (Force Majeure, de Ruben Östlund) e
Polónia (Ida, de Pawel Pawlikowski), este último já estreado
comercialmente em Portugal no último Verão, e um dos quatro filmes da lista que
estão também nomeados para os Globos de Ouro
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Cinema Português
Português: Influência de uma língua mede-se pela capacidade de ligar línguas distantes
Nem o
número de falantes, nem a riqueza económica são o que mais condiciona a
influência de uma dada língua a nível global, conclui estudo com participação
portuguesa.
Está a pensar em aprender chinês (ou melhor, mandarim) ou
a aconselhar os seus filhos a optarem por essa segunda língua estrangeira? É
certo que, quando olhamos para o astronómico número de pessoas que fala hoje
chinês – e para o crescente poderio económico da China –, temos tendência para
pensar que, a par (ou talvez em vez) do inglês, o chinês é que será a língua do
futuro. Porém, a acreditar nas conclusões de um estudo realizado por uma equipa
internacional, entre os quais um cientista português, essa escolha poderá não
ser a mais acertada… A língua franca do futuro poderá ser outra – e as mais
importantes no ranking mundial também poderão ser outras.
Os resultados, publicados
na última edição da revista Proceedings of the National Academy of Sciences
(PNAS), mostram que, ao contrário do que se poderia pensar,
influência global de uma língua mede-se principalmente pelo seu nível de
ligação com outras línguas. E em particular, pela sua capacidade de mediar a
comunicação entre línguas que de outra forma não conseguiriam “falar” entre si.
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Língua Portuguesa
Comer bacalhau no Natal é como rebobinar uma cassete
Não é pescado nas costas portuguesas, mas está praticamente em todas as
consoadas. Cozido, “com todos”, no forno, com broa, o bacalhau é sinónimo de
Natal. Quando é que começou exactamente a tradição em Portugal não se sabe com
rigor. Mas a relação dos portugueses com o bacalhau seco é fortíssima: Portugal
é o maior consumidor de bacalhau do mundo, sendo responsável por 25% do consumo
global.
(...)
A tradição nasceu porque a véspera de Natal era um
período de abstinência de carne, explica José Manuel Sobral, autor de vários
estudos sobre a relação entre o bacalhau e os portugueses. “Impôs-se porque
chegava ao interior do país. A carne significava o pecado, a luxúria e portanto
a véspera de Natal era também um dia de purificação até à meia-noite.” Mas, à
medida que o consumo do bacalhau crescia e a sua culinária se alargava, “o que
começou por penitência transformou-se em prazer”.
A popularidade estará ainda ligada ao facto de o
bacalhau se ter ancorado na refeição “mais importante do ponto de vista
familiar em Portugal”. Deu-lhe a importância social que tem hoje,
transformando-o num alimento icónico.
segunda-feira, 22 de dezembro de 2014
O Natal dispensável
Observo o afogadilho humano num qualquer centro comercial. Pessoas munidas de cábulas mergulham na compulsiva prática natalícia de comprar coisas e fazer lançamentos na contabilidade (de partidas dobradas) das prendas.
Não
sabem ao que vão, transportam o que compram com o peso do vácuo, destilam
litros de ansiedade. Há quem, na posição de adiantário, compre antes para não
pensar depois, mas, a maioria retardatária deixa para o limite do calendário
oficial o encargo do que se vai comprar já na ausência do pensar.
O prazer
de dar cede lugar à estopada de ter que dar. A serenidade do pensamento da
escolha cede passo, a favor do turbilhão de uma escolha que já não o é. O
oferecer, como acto que vale por si só, esfuma-se na conta corrente que
confronta o que se dá com o que se recebe, medido mais em euros do que em
valores de vida e de relação.
Recebe-se
o que não se deseja ou o que se tem a mais, por troca com o que se dá embrulhado
num frete achado algures no bazar do inútil.
Dar só é
bom se for natural. Dar só vale a pena se a pessoa que recebe está antes da
prenda que se entrega. Dar só faz sentido se o que se oferece é uma ponte entre
pessoas. Uma expressão de um sólido sentimento de união, estima ou
consideração.
Carta de abolição da pena de morte e biblioteca da Universidade de Coimbra recomendadas para Património Europeu
A carta de lei de abolição da pena de morte em Portugal,
datada de 1867, e a Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra estão entre os
16 bens culturais – documentos ou sítios – recomendados por um painel de
peritos para receberem o Selo do Património Europeu 2014.
Esta é uma iniciativa criada
em 2011 pela União Europeia (EU) com o objectivo de reconhecer bens que
“contribuíram para a história e cultura europeias e/ou constituição da União” e
cuja dimensão europeia continua a ser valorizada nos dias de hoje. Esta é
apenas a segunda edição da iniciativa, que arrancou em 2013, e à qual se
submeteram 36 candidaturas de 13 Estados-membro da EU, incluindo Portugal.
Filme recomendado: O Último Condenado à Morte
(2008), de FranciscoManso.
O filme percorre a história do protagonista num dos
períodos mais conturbados da história portuguesa – a primeira metade do século
XIX. A guerra civil, entre absolutistas e liberais e as lutas subsequentes
explicam o percurso atribulado de Matos Lobo. A família, conservadora e
miguelista, sofre as consequências da derrota. Os conflitos com o pai, o
seminário e o seu temperamento romântico exacerbado moldam-lhe a psique. Mas é
a paixão inconclusiva pela bela Adelaide que despoleta a tragédia, mais ainda
quando ela ostenta um comportamento liberal, ao arrepio dos costumes lusos.
domingo, 21 de dezembro de 2014
“Este é um filme de urgência, que pode ajudar a transformar um bocadinho o mundo”
José
Miguel Ribeiro é o realizador de Papel de Natal, uma média-metragem de
animação que é um libelo ecológico em defesa do planeta. Estreia-se esta
quinta-feira no circuito comercial, com mais duas curtas-metragens animadas.
Papel de Natal, de José Miguel Ribeiro (n. Amadora, 1966), uma média-metragem de temática
ecológica que associa animação e imagem real, é o filme de fundo de um conjunto
que inclui mais duas curtas animadas – Balão Lua, também de José Miguel
Ribeiro; e O Gigante, de Júlio Vanzeler e Luís da Matta Almeida –, e que
esta quinta-feira tem estreia numa dezena de salas do país.
Este
projecto produzido pela Praça Filmes (Montemor-o-Novo) foi concretizado com
o envolvimento da Câmara de Almada – é nesta cidade que, no próximo dia 21, no
Teatro Joaquim Benite, tem lugar uma sessão especial onde será apresentado o making of de Papel de Natal, bem
como uma aplicação com um livro digital sobre o projecto.
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Cinema Português
sábado, 20 de dezembro de 2014
19 arquitetos portugueses nomeados para maior prémio europeu
À
14.ª edição do Prémio Mies Van der Rohe, Portugal bateu o seu próprio recorde:
foram 19 os projetos com assinatura nacional a serem nomeados.
"Não há dúvida que este é um momento importante para a afirmação da
arquitetura portuguesa". Esta foi a reação de João Santa-Rita, presidente
da Ordem dos Arquitetos, à nomeação recorde de projetos portugueses na corrida
ao maior prémio de arquitetura da Europa. Ao todo são 19 os projetos
concretizados em Portugal candidatos à edição do próximo ano do Prémio Mies van
der Rohe, sendo que um tem assinatura do espanhol Josep Lluis Mateo, chegando
da Grécia o 19.º projeto assinado por um português.
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Arquitectura
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