quarta-feira, 16 de janeiro de 2013
Vasco Graça Moura e o (des)Acordo Ortográfico...
As questões de
fundo relativas à aplicação do Acordo Ortográfico
continuam por resolver. Não entrou em vigor, mas há sectores, tanto oficiais
como privados, em que vigora sem rodeios especiais o princípio do faz-de-conta.
Faz-se de conta que o Acordo já se aplica de pleno e estropia-se alegremente a
nossa língua. Jornais e editoras continuam a fazê-lo da maneira mais bárbara.
Há já alguns livros importantes que saem cheios dos correspondentes aleijões. E
eles só não vieram ainda afectar uma série de clássicos da língua pela razão
singela de que cada vez menos se cura de editá-los e pô-los ao alcance de toda
a gente.
Ninguém parece ter
sequer acordado para a necessidade de uma revisão. As duas grafias coexistem,
porque, felizmente, um quotidiano importante e uma grande parte dos
colaboradores da imprensa lusitana se mantêm fiéis à grafia anterior e esta é,
por enquanto, a única que, legalmente, pode e deve ser aplicada. Toda a gente
sabe que é assim e não vale a pena repeti-lo.
É possível que o lobby das editoras, depois de se ter
precipitado na adopção do Acordo em livros escolares, manuais, dicionários e
agora noutras publicações, procure impor essa coisa sem nome em todos os
sectores da vida nacional, em especial no escolar. Também é possível que o
poder não saiba lá muito bem o que fazer, seguindo e alimentando, neste
aspecto, a desorientação das escolas.
Etiquetas:
Acordo ortográfico
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