quinta-feira, 10 de janeiro de 2013
Um Quixote para os dias de hoje na estreia de Lopes Graça no ballet de Estrasburgo
O coreógrafo português Rui
Lopes Graça tem hoje o seu teste perante uma plateia habituada a revisitações
de clássicos. A sua versão de Dom Quixote, d
e Cervantes, estreia hoje em
Estraburgo.
É quase meia-noite e
ainda se acertam detalhes nos movimentos de alguns dos bailarinos, depois de
dois ensaios gerais e na véspera da estreia, hoje, na Ópera Nationale de
Strasbourg, de Don Quichotte ou l’illusion perdue, do coreógrafo Rui
Lopes Graça.
No fundo da sala, por entre a equipa técnica e os
criativos, Lopes Graça conversa com Daniel Worm d’Assumpção, o desenhador de
luz, e André Godinho, videasta, que realizou o vídeo que acompanha a nova
produção do Ballet da Ópera du Rhin, que, pela primeira vez, dança uma obra, em
estreia absoluta, de um coreógrafo português.
Hoje, quando a sala de mais de 1100 lugares se
encher, as mãos de Lopes Graça, e de Ivan Cavallari, director artístico, ambos
de 48 anos, apenas com cinco dias de diferença, vão torcer-se e dobrar-se até
poderem respirar de alívio. “É um risco”, diz Cavallari, italiano, antiga étoile
do Ballet de Estugarda, no cargo há menos de um mês, vindo de Perth, na
Austrália, onde dirigiu, entre 2007 e 2012 o West Australian Ballet. “Um risco,
porque não é evidente que se possa mexer num bailado clássico desta forma.”
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