quinta-feira, 31 de janeiro de 2013
Doze livros de Saramago (e muitos outros são) "proibidos" pelo Opus Dei
Doze livros de José
Saramago estão entre os classificados com os mais altos níveis de interdição do
Opus Dei a nível internacional, num Index que envolve 79 obras de autores
portugueses, incluindo Eça de Queirós, Fialho de Almeida, Vergílio Ferreira,
Miguel Torga, Lídia Jorge ou David Mourão-Ferreira. Esta é uma das revelações
de um extenso trabalho de reportagem feito pelo jornalista Rui Pedro Antunes e
publicado no dia 28 de janeiro no Diário de Notícias.
O dossier analisa as
formas de financiamento e o milionário património do Opus Dei, organização
criada por Escrivá de Balaguer e presente em Portugal em várias áreas do poder
político e económico. Inclui uma entrevista com o líder do Opus Dei em
Portugal, José Rafael Espírito Santo, e depoimentos de responsáveis da Igreja
Católica.
A existência de um
Index de livros - de ficção e de não ficção - é outro tema essencial deste
conjunto de textos do Diário de Notícias, que entrevista a propósito a
presidenta da Fundação José Saramago. "Só me surpreende que não estejam
nessa lista todos os livros de José Saramago", diz Pilar del Río, que
considera o Opus Dei "uma seita para castrar". Sublinha que José
Saramago nunca escreveu sobre a mesma porque "essa seita é uma formiga e
por isso não lhe interessava para nada". Os livros de Saramaga que o Opus
Dei proíbe aos seus membros são: Caim,
O Evangelho segundo Jesus Cristo, Manual de Pintura e Caligrafia e Memorial do Convento.
Fundação José
Saramago.
Etiquetas:
José Saramago
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