Com oito milhões de
habitantes, Xian é uma cidade chinesa de dimensão média. Os turistas que
dormem nos seus hotéis interessam-se pouco por visitá-la. Chegam cansados de
Xangai ou de Pequim. Na manhã seguinte, têm de acordar cedo. Não querem
perder o minibus que os levará por dezenas de quilómetros até ao famoso
exército de terracota.
Depois de jantar,
pedi na receção o inevitável cartão de visita com o nome do hotel em
carateres chineses e saí sozinho. Xian estava com ótima temperatura. Entrei
num jardim mal iluminado, onde centenas de pessoas de todas as idades faziam
ginástica, cantavam à vez longas canções chinesas num pequeno palco ou, como
eu, apenas caminhavam. Esse jardim tinha quilómetros, atravessei-o sem
pressa. Chegado à saída, uma questão: esquerda ou direita?
Esquerda, seguia a
direção do centro da cidade. Após uma rua, uma curva, outra curva,
apercebi-me de uma porta rodeada por jovens, de onde saía música. Em meia
dúzia de passos estava lá dentro, a subir uma escada alcatifada, a seguir na
direção da música. Não passei por nenhum segurança, apenas tive de desviar-me
do incrível número de rapazes e raparigas que entravam e saíam. E de repente:
milhares de pessoas numa discoteca com um tamanho que não se podia prever
desde a rua, uma espécie de pavilhão. O DJ estava lá ao fundo, a centenas de
metros de distância.
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terça-feira, 21 de julho de 2015
Visão: José Luís Peixoto... Dois em mil
Etiquetas:
José Luís Peixoto
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