quarta-feira, 1 de julho de 2015

De Carlos Paredes ao cão de Ulisses. Esta é a odisseia de Luísa Amaro


Tocou durante uma década ao lado de Carlos Paredes. Fê-lo depois sozinha. Luísa Amaro tocaARGVS amanhã em Lisboa

"Tive e não tive mestre" lança Luísa Amaro a páginas tantas, ao percorrer a sua vida até que cheguemos a ARGVS, disco que torna a levar ao palco amanhã. Mas voltemos atrás. O mestre, esse, chamava-se Carlos Paredes. E se Luísa diz que tanto o teve como não teve foi porque, quando passou da guitarra clássica - com a qual durante dez anos acompanhou o mestre da guitarra portuguesa - para o instrumento dele, em 1993, já Paredes havia adoecido e deixado de tocar.

"Bom dia, dona Luísa." Sentada num café da avenida de Roma, em Lisboa, onde todos a conhecem, o enorme sorriso que devolve faz perguntar se aqueles se lembram dela com o ar grave dos vinte e poucos anos - cabelo curto (que mantém), uma concentração que parecia absoluta e o pé esquerdo elevado (que também mantém) - no palco, ao lado de Paredes.


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