domingo, 31 de janeiro de 2016

Lusitânia, uma terra no fim do mundo...


Exposição no Museu Nacional de Arqueologia, em Lisboa, recua dois mil anos para nos trazer uma província fundada pelo primeiro dos imperadores romanos, Augusto. Um território periférico que exportava minério e conservas de peixe, que o mito fez terra de nereides e cavalos velozes. Até 30 de Junho.
É através do olhar do outro, o invasor, que a conhecemos. Foram os gregos e depois os romanos, que a conquistaram passados 200 anos, que fizeram o retrato dos povos que ali encontraram. Dois milénios depois a Lusitânia continua a ser, nos livros, o extremo ocidental de um império que já não existe, finisterra que exportava minério e conservas de peixe, com uma porta aberta para o oceano.
Província que tinha em Mérida a sua capital – Augusta Emerita, assim se chamava, mandada construir em 25 a.C. pelo próprio Augusto, primeiro grande imperador romano – era vista como o fim do mundo conhecido. Periférica pela geografia, a Lusitânia foi fundada entre 16 e 13 a.C. e foi ganhando importância, primeiro por causa dos minérios do sul da Península Ibérica e depois, com a conquista da Britânia e o apoio às legiões nela envolvidas, como território em que o Mediterrâneo e o Atlântico se encontravam.
Lusitânia Romana: Origem de Dois Povos, a exposição que acaba de ser inaugurada no Museu Nacional de Arqueologia (MNA), em Lisboa, viaja até este território pouco conhecido do império romano, que ocupava grande parte de Portugal, entre o Douro e o Algarve, a actual Extremadura espanhola e uma pequena porção da Andaluzia.


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