quarta-feira, 2 de maio de 2012

A capela de D. João V é mais portuguesa do que pensávamos

Ao longe são como pinturas. Os mosaicos minúsculos de que são feitos não se vêem da balaustrada da capela e, por isso, a superfície dos painéis parece absolutamente lisa. D. João V quis que fosse assim.
Os turistas italianos que na quinta-feira de manhã visitavam a Igreja de São Roque, em Lisboa, não queriam acreditar que para criar o Pentecostes ou a Anunciação que tinham à sua frente foram precisos milhares e milhares de quadradinhos que fazem lembrar os dos mosaicos da Antiguidade. E ficaram orgulhosos quando a guia lhes disse que tudo aquilo - das colunas aos medalhões das paredes, passando pelo lampadário e os candelabros - tinha sido produzido em Roma, no século XVIII, pelos melhores arquitectos e artífices, alguns deles habituados a trabalhar para o Papa.

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