sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016
Uma viagem no tempo no “Central Park” do Porto
Há várias visitas que
se podem fazer no Palácio de Cristal: à arquitectura, à escultura e arte
pública, mas também à fauna e principalmente à flora que fazem deste recinto
inaugurado há 150 anos um lugar incontornável no Porto, e um laboratório vivo
da evolução da relação do homem com a natureza.
Continuamos a chamar-lhe Palácio
de Cristal, mesmo se o dito palácio foi demolido há bem mais de meio século
(1951). Mas é o imaginário desse edifício icónico inaugurado há 150 anos que se
mantém na memória dos portuenses, na maior parte dos casos apenas sustentada na
imagem de velhas fotografias e postais ilustrados, descoloridos mas mantendo a
irresistível patine do tempo.
A história do Palácio de Cristal
está a ser recordada no Porto desde 18 de Setembro de 2015, dia em que se
assinalou o século e meio da abertura da 1.ª
Exposição Internacional Portuguesa (1865),
iniciativa de um grupo de empresários e comerciantes da cidade liderado por
Alfredo Allen.
Depois de uma exposição
iconográfica documental apresentada nos próprios jardins do Palácio, a Fundação
de Serralves acolheu, nos dias 1 e 2 de Fevereiro, uma conferência
internacional que permitiu situar a história do Palácio de Cristal no contexto
das grandes exposições mundiais, entre a primeira realizada no Hyde Park de
Londres, em 1851, e a Exposição
Internacional das Artes e Técnicas na Vida Moderna, em Paris, em 1937 – as
duas balizas sendo justificadas pela proximidade da primeira exposição
portuguesa com a da capital inglesa, e também pelo facto de o evento da capital
francesa ter sido planeado pelo arquitecto paisagista Jacques Gréber, o mesmo
que desenhou os jardins de Serralves para o 2.º conde de Vizela.
Etiquetas:
Arquitectura
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