terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

À conquista de Berlim


Oito filmes de produção portuguesa em Berlim 2016, que inaugura dia 11 – quatro longas-metragens, quatro curtas. Coisa nunca vista para uma cinematografia que, costumando estar no radar dos festivais está permanentemente no fio da navalha da subsistência. O que mudou?
A última vez que o cinema de produção portuguesa esteve a concurso no festival de Berlim, em 2012, saíu de lá com o prémio de criação artística Alfred Bauer para Tabu, de Miguel Gomes e com o Urso de Ouro das curtas-metragens para Rafa de João Salaviza. Quatro anos depois, o certame alemão, que abre dia 11, é literalmente “invadido” por produções ou co-produções portuguesas. Ao todo oito filmes – quatro longas, quatro curtas – dos quais quatro em estreia mundial.
Cartas da Guerra de Ivo M. Ferreira (produção O Som e a Fúria) tem estreia mundial no concurso oficial de longas, enquanto a competição de curtas Berlinale Shorts recebe Balada de um Batráquio de Leonor Teles (Uma Pedra no Sapato) e Freud und Friends de Gabriel Abrantes (IndieLisboa). O Forum, secção não competitiva, acolhe as novas longas de Salomé Lamas,Eldorado XXI (O Som e a Fúria), e Hugo Vieira da Silva, Posto Avançado do Progresso (Leopardo Filmes), e a revelação internacional de Rio Corgo de Maya Kosa e Sérgio da Costa (vencedor do DocLisboa 2015, O Som e a Fúria). Mesmo ao lado, o Forum Expanded, que força as fronteiras do cinema com as artes plásticas, programa Filipa César, com Transmissions from the Liberated Zones (encomenda do museu sueco Tensta), e Marie Losier, comL'Oiseau de la nuit (IndieLisboa).


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