O galo de Resende intimado a ir ao tribunal por cantar demasiado alto. Alguém que pega fogo à serra para se vingar de um amor não correspondido. Uma juíza que se emociona durante um julgamento e não consegue conter as lágrimas. Estas e outras histórias fizeram notícia no Correio da Manhã e inspiraram ao cineasta Miguel Gomes o filme ‘As Mil e Uma Noites’. A obra, já cumulada com prémios internacionais, divide-se em três partes e a primeira – ‘O Inquieto’ – chega hoje às nossas salas. Faz o retrato de um País entregue a uma austeridade tão severa quanto destruidora e oscila com fluidez entre o tom documental e o registo onírico.
domingo, 30 de agosto de 2015
Cinema: Trilogia contra a troika Filme de Miguel Gomes tem três partes e já foi premiado lá fora.
O galo de Resende intimado a ir ao tribunal por cantar demasiado alto. Alguém que pega fogo à serra para se vingar de um amor não correspondido. Uma juíza que se emociona durante um julgamento e não consegue conter as lágrimas. Estas e outras histórias fizeram notícia no Correio da Manhã e inspiraram ao cineasta Miguel Gomes o filme ‘As Mil e Uma Noites’. A obra, já cumulada com prémios internacionais, divide-se em três partes e a primeira – ‘O Inquieto’ – chega hoje às nossas salas. Faz o retrato de um País entregue a uma austeridade tão severa quanto destruidora e oscila com fluidez entre o tom documental e o registo onírico.
O realizador, que partiu para o projeto com a intenção de
fazer "um filme com o máximo de três horas e meia", deparou-se com
mais fita do que aquela que conseguiria cortar. Já no fim do processo montou
três filmes diferentes com a preocupação de que cada um pudesse ser visto, e
fruído, individualmente. A motivação para rodar ‘As Mil e Uma Noites’, essa,
veio-lhe da vontade de não deixar passar em branco um período tão intenso e
doloroso da história de Portugal. "Até estava a pensar rodar um filme no
México, mas tendo as condições que tive para filmar achei que não podia deixar
de retratar o que está a acontecer. Aos 43 anos não tenho memória de nada
semelhante." Os jornalistas Maria José Oliveira, Rita Ferreira e João de
Almeida Dias recolheram as notícias, a atriz Crista Alfaiate é a Xerazade de
serviço da obra. In Correio da Manhã.
Etiquetas:
Cinema Português
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