Causa-me muita impressão que o Dia de Camões sirva
para tudo menos para a divulgação e o cultivo da obra (poesia e teatro) do
maior vulto literário de língua portuguesa. Até há uns anos, era habitual a
RTP-1 transmitir o filme "Camões", de Leitão de Barros. Não era
muito, mas já era alguma coisa. Agora, nem isso... Nada que vá além das
cerimónias oficiais com as paradas militares, os discursos de circunstância e a
aposição de medalhas ao peito de um rol (mais ou menos extenso) de notáveis.
A Antena 1, nos últimos anos, tem afinado pelo mesmo diapasão de indigência,
fazendo tábua-rasa de uma das obrigações culturais do serviço público que é dar
a ouvir (porque é de rádio que falamos) a obra dos nossos valores literários,
sem esquecer, como é óbvio, o expoente mais elevado de todos – Luís Vaz de
Camões.
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