sexta-feira, 26 de junho de 2015

Aristides de Sousa Mendes: homenagem e debate de Buenos Aires…



Aristides de Sousa Mendes nasceu em Cabanas de Viriato, Distrito de Viseu, em 1885 e morreu em 1954, em Lisboa, asssistido apenas por uma sobrinha, e “pobre e desonrado”. Formou-se em Direito na Universidade de Coimbra e depois seguiu carreira diplomática.
Em 1910 é nomeado Cônsul em Demerara, Guiana Francesa.  Em 1911/16  é Cônsul em Zanzibar, o que significa problemas de saúde para toda a família. Terminada a I Guerra Mundial com a vitória dos Aliados (França, Reino Unido, etc.). Aristides é nomeado Cônsul em Curitiba (Brasil). Confessadamente monárquico é castigado pelo governo de Sidónio Pais.  
Em 1926, depois de várias comissões, regressa a Lisboa para prestar serviço na Direcção-Geral dos Negócios Comerciais e Consulares. Um ano depois a Ditadura Militar portuguesa confia em Aristides e nomeia-o Cônsul em Vigo, depois em Antuérpia (Bélgica). Em 1936, o  rei belga, Leopoldo III, condecora-o por ser o decano do corpo diplomático e dois tarde Salazar nomeia-o Cônsul de Portugal em Bordéus.
Chegamos finalmente a 1940, ano que marca a ferro e fogo a vida do diplomata. Contrariando as ordens de Salazar, Aristides de Sousa Mendes passa mais de 30.000 vistos a judeus e outras minorias perseguidas pelos nazis. Essa é a sua glória e o começo do seu pesadelo com o regime fascista.  Salazar condena-o a um ano de inactividade e depois aposenta-o sem qualquer vencimento.  Em 1998, é lhe feita justiça. A Assembleia da República e o Governo português finalmente procedem à reabilitação oficial de Aristides de Sousa Mendes.

É este homem que, 75 anos depois de 1940, será hoje homenageado em Buenos Aires, Argentina, com o auspicio da Foundation Aristides de Sousa Mendes e a Embaixada de Israel, na Argentina.

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