Tarde de Fados foi o tema do concerto apresentado
ontem pela cantante Andrea Imaginario
no auditório, completamente atestado, do Centro
Cultural de BOD, na capital venezuelana.
Os assistentes fizeram uma viagem pelo universo
mais recente do fado – dos vários tipos de fado que enriquecem este género musical
– e no final dificilmente poderiam ter saído mais satisfeitos desta sala de
espectáculos, que voltou a servir de palco para esta artista luso-descendente,
que há bem pouco tempo lançou, por iniciativa do Instituto Português de Cultura, o CD Andrea Imaginario em Pessoa.
Claro que havia público português ou
luso-descendente na sala, mas ficámos com a impressão de que a maioria estava
conformada por espectadores venezuelanos e também de outras nacionalidades, que
ficaram, graças as explicações que Andrea fez de cada canção, a saber um pouco
mais sobre Portugal e a sua cultura. É de destacar que estas “explicações”
enriquecem concertos desta natureza e recordamos particularmente aquela em que
fez a transição de Mãe Preta,
original brasileiro (Caco Velho e Piratini) sobre temática escravagista e
que nem sequer era fado no começo, para Barco
Negro, agora sim fado-romântico, com letra de David Mourão-Ferreira, poeta que está igualmente na base de outros
fados, universalizados por Amália
Rodrigues.
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