sexta-feira, 6 de março de 2015
O poeta sem biografia
A obra de Fernando Echevarría, construída de
maneira silenciosa, parece um objecto arquitectónico de grande envergadura, em
que nada escapa a uma geometria rigorosa e ao primado da dimensão intelectual.
Fernando Echevarría, na
semana passada distinguido com o prémio Casino da Póvoa, anunciado e entregue
na 16ª edição do festival Correntes D’Escritas, é o autor de uma obra poética
grandiosa, que sempre permaneceu impermeável às determinações prosaicas da
chamada “vida literária”.
Este poeta nascido em
Espanha, em 1929, filho de um pai português e de uma mãe espanhola, veio com a
família, aos dois anos de idade, morar em Grijó, Vila Nova de Gaia. No dia em
que lhe entregaram o prémio, na Póvoa de Varzim, comemorava os seus 86 anos.
Estas informações bastante sumárias constam de uma “Nota Biográfica” incluída
no volume de quase novecentas páginas, em papel bíblia, que recolhe todos os
seus livros até 2006. Chama-se Obra Inacabada, foi editado pela Afrontamento e
prefaciado por Maria João Reynaud (na verdade, um prefácio que é um estudo
extenso e profundo). O livro agora premiado saiu já no final de 2013 (também na
Afrontamento) e intitula-se Categorias e Outras Paisagens
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