terça-feira, 17 de março de 2015

Morreu a primeira realizadora portuguesa de cinema



       
   A primeira realizadora portuguesa de cinema, Bárbara Virgínia, de 92 anos, a primeira mulher a apresentar um filme no Festival de Cannes, em 1946, morreu no passado domingo, em São Paulo, Brasil.
Bárbara Virgínia, que também foi atriz e locutora de rádio, era o nome artístico de Maria de Lourdes Dias Costa, nascida em Lisboa, a 15 de novembro de 1923.
Segundo a mesma fonte, a cineasta frequentou o Conservatório Nacional e, "aos 15 anos, já fazia parte das vozes promissoras da então Emissora Nacional".
Estreou-se como atriz cinematográfica em 1945, em "Sonho de Amor", de Carlos Porfírio, dois anos depois do exame final do Conservatório, em julho de 1943, em que se cruzou com Maria Barroso, no palco do Teatro da Trindade, e que levaria o Diário Popular, à época, a escrever "nasceram duas atrizes".
"Com apenas 22 anos, Bárbara Virgínia tornou-se na primeira mulher portuguesa a assumir a realização de um filme, função que acumulou com a representação", disse Paulo Borges.
O filme, intitulado "Três dias sem Deus", estreou-se nas salas de cinema, em agosto de 1946, e conta a experiência de uma professora primária, numa remota aldeia do interior, onde enfrenta a desconfiança e as superstições dos aldeões.


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