terça-feira, 22 de setembro de 2015

"Estou a fazer um filme sobre mim. É uma chatice porque já sei tudo"

Hojé é dia de festa nos Artistas Unidos. Passam 20 anos sobre a estreia de António, Um Rapaz de Lisboa. Jorge Silva Melo, o encenador e ator foi crítico e jornalista, trabalhou em cinema, tem uma série de documentários sobre artistas plásticos. É um solitário que adora estar acompanhado por muita gente

No dia 15 de março de 1968, Jorge Silva Melo acordou na prisão de Caxias, foi libertado à hora do almoço, leu no jornal que Jacques Tati estava em Lisboa, correu desengravatado e careca para a embaixada de França e foi adotado instantaneamente pelo realizador de Playtime.
No dia seguinte, às 8 da manhã, Jorge entrevistou Tati no Hotel Ritz. Estas 24 horas têm mais que se lhe diga, como se verá adiante, mas poderiam ser a metáfora de uma vida variada e aventurosa. Este homem de Lisboa que criou os Artistas Unidos há 20 anos é enciclopédico, dado ao teatro, evidentemente, e também ao cinema, às artes plásticas, à literatura e à música.


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