sábado, 26 de setembro de 2015
Novo romance de António Lobo Antunes é publicado em Outubro
O novo romance de
António Lobo Antunes, "Da natureza dos deuses", chega às livrarias no
próximo dia 20 de outubro, anunciaram hoje as Publicações D. Quixote, que
chancelam a obra.
Anteriormente, o escritor, de 73 anos,
detentor de vários galardões, entre eles o Prémio Camões, publicou, em 2012,
"Não é meia-noite quem quer".
No plano de edições para outubro desta
editora do grupo LeYa está ainda previsto os novos romances de Mário Cláudio e
de Salman Rushdie, e o de poesia de Nuno Júdice.
quinta-feira, 24 de setembro de 2015
El Greco. O mistério continua, em Lisboa
Quem
é o homem de verde? O enigma está num quadro que o Museu de Arte Antiga mostra
até janeiro, inserido na Mostra Espanha 2015.
De Toledo para
Lisboa, "A Sagrada Família com Santa Ana" pode ser visto no Museu
Nacional de Arte Antiga (MNAA) até 10 de janeiro. Chega no âmbito da Mostra
Espanha, um evento que vai na sua quarta edição e que arrancou ontem neste
museu, com o quadro de El Greco, um óleo de 1,82 m de altura e 1,12 m de
largura como pano fundo. A obra guarda um mistério: a
identidade do homem, de casaco verde, atrás de Maria. Só foi descoberto em
1985, quase 400 anos depois de El Greco ter produzido este quadro, por ocasião
do seu restauro e através de uma radiografia. E quando foi tapado? Tão-pouco se
sabe. "Pode
ter sido até meados do século XX", diz José Alberto Seabra,
diretor-adjunto do Museu das Janelas Verdes e cicerone do DN nesta visita.
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Pintura
quarta-feira, 23 de setembro de 2015
Recuperação dos carrilhões de Mafra tem luz verde
O
Governo autorizou o arranque da requalificação dos carrilhões e sinos do
Palácio Nacional de Mafra, ao remeter para publicação em Diário
da Repúblicauma portaria com os encargos da empreitada, confirmou
hoje a Secretaria de Estado da Cultura.
Em esclarecimentos
prestados por escrito à agência Lusa, a Secretaria de Estado da cultura
"confirmou que a portaria, que autoriza a repartição de encargos
plurianuais, já seguiu para publicação em Diário da República", adiantando
que depois disso "a Direção Geral do Património Cultural estará em
condições de lançar até ao final deste mês o concurso público
internacional" para as obras.
A tutela apontou o
prazo de conclusão para o "final de 2017", data que coincide com as
comemorações dos 300 anos sobre o lançamento da primeira pedra do monumento.
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Arquitectura
terça-feira, 22 de setembro de 2015
"Estou a fazer um filme sobre mim. É uma chatice porque já sei tudo"
Hojé é dia de festa nos Artistas Unidos. Passam 20 anos sobre a estreia de António, Um Rapaz de Lisboa. Jorge Silva Melo, o encenador e ator foi crítico e jornalista, trabalhou em cinema, tem uma série de documentários sobre artistas plásticos. É um solitário que adora estar acompanhado por muita gente
No dia 15 de
março de 1968, Jorge Silva Melo acordou na prisão de Caxias, foi libertado à hora do almoço, leu no jornal que Jacques
Tati estava em Lisboa, correu desengravatado e careca para a embaixada de
França e foi adotado instantaneamente pelo realizador de Playtime.
No dia seguinte, às 8
da manhã, Jorge entrevistou Tati no Hotel Ritz. Estas 24 horas têm mais que se
lhe diga, como se verá adiante, mas poderiam ser a metáfora de uma vida variada
e aventurosa. Este homem de Lisboa que criou os
Artistas Unidos há 20 anos é enciclopédico, dado ao teatro,
evidentemente, e também ao cinema, às artes plásticas, à literatura e à música.
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Cinema Português
Évora reabre em Outubro "renovada" Igreja de S. Francisco e Capela dos Ossos
A Igreja de São Francisco, uma das mais emblemáticas de Évora e
onde se localiza a Capela dos Ossos, reabre ao culto no dia 04 de outubro, após
obras de reabilitação de quase 4,2 milhões de euros.
"A igreja vai ser reaberta a 04 de outubro", enquanto
"a parte museológica será no final desse mês", revelou o pároco
Manuel Ferreira, durante uma visita às obras do secretário de Estado do
Desenvolvimento Regional.
A nova área museológica da igreja de São Francisco, localizada na
antiga ala das celas dos monges, vai albergar a o espólio de arte sacra da
igreja e a coleção de presépios do major-general Fernando Canha da Silva.
No dia de reabertura, celebra-se "a festa litúrgica de São
Francisco de Assis", o que constitui "uma feliz coincidência, por ser
um domingo", assinalou o pároco de São Pedro, Manuel Ferreira
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EVORA
Obra Essencial de Fernando Pessoa
Com o próximo número do Expresso tem início a publicação da coleção “Obra Essencial de Fernando Pessoa”. Em nove volumes, distribuídos gratuitamente a todos os nossos leitores, percorre-se a gigantesca obra do maior escritor português do século XX, selecionada por alguns dos seus mais reconhecidos especialistas. Apesar de apenas ter publicado um livro em vida, precisamente “Mensagem”, o poema que abre esta antologia, os escritos de Fernando Pessoa são imensos na sua quantidade e qualidade. A partir da fixação de texto proposta por Ivo de Castro, foram escolhidos alguns dos que consensualmente são considerados mais relevantes. Além de “Mensagem”, a que foram acoplados outros poemas de pendor esotérico, foi considerada a poesia ortónima, o “Livro do Desassossego”, correspondência e artigos de imprensa, poesia de Ricardo Reis, Alberto Caeiro e Álvaro de Campos, bem como prosa crítica e ensaística e até contos policiais. O leitor pode ainda contar com um trabalho no qual também colaboraram Pedro Proença, autor de todas as capas, bem como a equipa da editora livreira Alêtheia
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Fernando Pessoa
segunda-feira, 21 de setembro de 2015
Óscares e Goya. "As mil e uma noites" de Miguel Gomes
Depois
de uma candidatura aos Óscares, a Academia Portuguesa de Cinema anunciou hoje
que propõe o mesmo filme de Miguel Gomes para os Goya.
"O
desolado", o segundo filme de "As mil e uma noites", de Miguel
Gomes, foi proposto pela Academia Portuguesa de Cinema para o prémio de melhor
filme ibero-americano dos Goya, os prémios de cinema de Espanha.
"O
desolado", que se estreia nos cinemas portugueses no dia 24, é o segundo
de três filmes que Miguel Gomes rodou sob o título "As mil e uma
noites" e que retratam Portugal à luz da intervenção da troika, com
ficções inspiradas em factos e relatos verídicos, sobre desemprego,
austeridade, casos de justiça ou luta sindical.
Nos filmes, as
histórias são narradas por Xerazade, rementendo para a estrutura dos contos de
"As mil e uma noites".
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Cinema Português
domingo, 20 de setembro de 2015
Museu dos Coches ganha prémio internacional de arquitectura
O
edifício de Paulo Mendes da Rocha foi o escolhido pelo Comité Internacional de
Críticos de Arquitectura. O prémio foi anunciado na Bienal de Buenos Aires.
O museu inaugurou em Maio, depois de
mais de dois anos de intensa polémica em que, apesar de pronto, se manteve de
portas fechadas. Dizia na altura o secretário de Estado da Cultura que os
atrasos se deviam, quase em exclusivo, a falta de dinheiro e que a qualidade do
projecto arquitectónico nunca esteve em causa. É precisamente essa qualidade do
edifício assinado pelo brasileiro Paulo Mendes da Rocha, com o português
Ricardo Bak Gordon, que o Comité Internacional de Críticos de Arquitectura
(CICA) veio agora reconhecer.
O
Prémio de Arquitectura do CICA para o novo Museu Nacional dos Coches, em
Lisboa, foi anunciado na Bienal Internacional de Buenos Aires. O comité fundado
em 1978 na Cidade do México e com sede em Paris divulga os premiados desta
edição no site da bienal argentina, onde para já não
adianta qualquer justificação para as suas escolhas.
sexta-feira, 18 de setembro de 2015
Nova edição holandesa de “Ensaio sobre a Cegueira”
A editora holandesa Meulenhoff acaba de dar à estampa a nova edição de Ensaio sobre a Cegueira, em continuidade com a renovação da linha gráfica iniciada no ano passado. Desde então, e com a coordenação artística do Studio Vruchtvlees, são já cinco os títulos com o novo grafismo.
Ensaio sobre a Cegueira havia sido publicado, pela primeira vez, em 1998
com a tradução de Harrie Lemmens, tendo sido por diversas vezes re-publicado, a
última das quais numa edição conjunta comEnsaio
sobre a Lucidez.
O livro: Um homem fica cego,
inexplicavelmente, quando se encontra no seu carro no meio do trânsito. A
cegueira alastra como «um rastilho de pólvora». Uma cegueira coletiva. Romance
contundente. Saramago a ver mais longe. Personagens sem nome. Um mundo com as
contradições da espécie humana. Não se situa em nenhum tempo específico. É um
tempo que pode ser ontem, hoje ou amanhã. As ideias a virem ao de cima, sempre
na escrita de Saramago. A alegoria. O poder da palavra a abrir os olhos, face
ao risco de uma situação terminal generalizada. A arte da escrita ao serviço da
preocupação cívica.
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José Saramago
quinta-feira, 17 de setembro de 2015
Romance histórico cita Aristides de Sousa Mendes
Obra vai ser lançada em
Portugal.
O romance histórico 'Uma Praça em Antuérpia', da brasileira Luize
Valente, será lançado na sexta-feira em Portugal, com um enredo que se passa na
Segunda Guerra Mundial e cita a atuação de Aristides de Sousa Mendes.
Sousa Mendes é conhecido por ter sido cônsul em Bordéus e na Antuérpia e por
ter contrariado as ordens do Governo de António Salazar para conceder milhares
de vistos a refugiados que fugiam da França ocupada pelos nazis. A trama de
Luize Valente tem como personagens protagonistas duas irmãs gémeas portuguesas,
obras de ficção, mas a ideia partiu de um interesse pela história de Sousa
Mendes, despertado há cerca de dez anos. "A primeira vez que ouvi falar
dele, no início dos anos 2000, foi num evento no qual inaugurou um busto do
Aristides de Sousa Mendes. Fui para outros rumos, estava a fazer um
documentário, mas guardei a história para que eu pudesse falar dele numa
ficção", afirmou a autora à Lusa, por telefone.
In Correio da Manhã.
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Aristides de Sousa Mendes
O escritório de Ferreira de Castro
Mário Cláudio estreia-se no DN e escreve sobre Ferreira de Castro
O
cavalheiro que todos os anos, e ao longo da década de sessenta, ocupava a mesa
ao fundo do comedor do Hotel das Termas, o único das Caldas das Taipas,
oferecia aos respectivos hóspedes uma identidade que sem dúvida os honrava.
Quem não o reconhecesse poderia tomá-lo por um despachante da alfândega na
reforma, e se se desse o caso de lhe ouvir o sotaque aqui e além abrasileirado,
por um derradeiro representante da raça dos torna-viagem que Camilo Castelo
Branco caricaturara. Mas naquele estabelecimento, obsoleto já por essa época, e
maioritariamente frequentado por casais idosos, e por solteironas em fim de
carreira, o festejadíssimo Ferreira de Castro constituía uma presença
indispensável.
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Ferreira de Castro
quarta-feira, 16 de setembro de 2015
Cinema: Leonel Vieira contra Orson Welles
E reencontramos O
Pátio das Cantigas. Valerá a pena dizer alguma coisa a propósito das
considerações de Leonel Vieira sobre aquilo que ele chama a
"crítica"? (Notícias Magazine, 6 de setembro). Creio que sim, quanto
mais não seja porque assistimos à renovação de um discurso de difamação pessoal
que, no plano profissional, conheço há mais de 40 anos.
Quando um realizador
de um filme que já teve meio milhão de espectadores aplica esse número como um
argumento para denegrir o pensamento de "quatro ou cinco pessoas"
(sic) que formularam juízos de valor negativos sobre o seu trabalho, o que se
procura é apenas desvalorizar o ato de pensar. Na prática, o sistema mental de
Leonel Vieira confere legitimidade a mim e a Jorge Leitão Ramos (somos os dois
citados na pergunta que lhe foi colocada) para aplicar o mesmo modelo de silogismo.
Poderia, por exemplo, referir os leitores que vieram dizer-me: "Gostei
muito do que escreveu - que péssimo filme!" Será que é esse tipo de
chicana que ele tenta protagonizar e, sobretudo, generalizar?
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Cinema Português
250 anos do nascimento de Bocage, poeta da liberdade e do povo
Depois do hastear da bandeira e da colocação de flores junto à estátua do poeta, também conhecido por Elmano Sadino, na sessão solene foi elencado, ainda que de forma superficial, um vasto programa de celebrações para o próximo ano.
Este programa, visa, segundo as palavras de Maria das Dores Meira, tornar mais presente o poeta nas «ruas da cidade onde nasceu, da cidade que verteu nas linhas límpidas da escrita que nos legou». Por outro, «fazer com que os setubalenses se apropriem do poeta, que o sintam como seu, que o conheçam melhor, o declamem, falem dele, se alegrem e entristeçam com o que escreveu e sejam capazes de ler a atualidade das palavras que compôs há dois séculos». E «privilegiar a comunidade educativa na sua aproximação a Bocage e à sua obra». Por fim, «internacionalizar Bocage».
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Bocage
Muitos livros e pouca literatura
A rentrée literária tem muito livros mas faltam as grandes obras e novos autores. É caso para dizer que as editoras não olham para a crise como uma oportunidade.
Estranhamente, após
um péssimo início de ano a nível de vendas seria de esperar que o final de 2015
fosse de grandes apostas! Ao percorrer as listas de novidades das dezenas de editoras,
no entanto, não se encontram respostas à crise que afetou o bolso dos leitores.
Principalmente, nota-se a ausência de novos autores que suscitem a curiosidade
que provocaram nomes como ainda há poucos anos, caso de Gonçalo M. Tavares ou
Valter Hugo Mãe, Mia Couto ou José Eduardo Agualusa. Isto para não falar da
estranha ausência de escritoras que surpreendam.
Parte assim o leitor
para um segundo semestre de edição envolto numa neblina que só se dissipa com
alguns best-sellers estrangeiros e uma mão pouco cheia de títulos nacionais.
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Literatura
terça-feira, 15 de setembro de 2015
74 atrizes falam com a voz de Eunice no palco do D. Maria II
Uma homenagem. O texto foi construído só com falas da atriz em peças apresentadas naquele palco ao longo de 74 anos.
Setenta e quatro
atrizes vão subir ao palco da Sala Garrett, no Teatro Nacional D. Maria II, em
Lisboa, para homenagear Eunice Muñoz. 74 atrizes, tantas quantos os anos que
se passaram desde que Eunice se estreou no teatro, naquele
mesmo teatro, em 1941, na peça Vendaval, de Virgínia
Vitorino, com a Companhia Rey Colaço-Robles Monteiro. Eunice, com apenas 13
anos, interpretava o papel de Isabel. A seu lado estavam Palmira Bastos, Amélia
Rey Colaço, Maria Lalande, Lucília Simões, Raul de Carvalho, João Villaret e
outros.
Homenagear Eunice
Muñoz parece algo natural, mesmo quando não há números redondos para assinalar. A
ideia partiu do diretor do teatro, Tiago Rodrigues, que queria
programar este evento na abertura da primeira temporada com a sua assinatura.
A atriz e
encenadora Cristina Carvalhal aceitou o desafio: "É uma homenagem muito especial porque é feita
pelos seus pares e acontece no palco.
As Mil e uma Noites à conquista de NY (e dos Óscares?...)
O filme de Miguel Gomes anuncia-se como um dos acontecimentos do Festival de Nova Iorque - e também está na corrida para as nomeações do Óscar de melhor filme estrangeiro
Poucos dias depois de
ter sido anunciado que o segundo volume de As Mil e Uma Noites (intitulado O
Desolado) será o candidato português a uma nomeação para o Óscar de
melhor filme estrangeiro, o trabalho realizado por Miguel Gomes anuncia-se como
um dos títulos em destaque no Festival de Nova Iorque. A
edição nova-iorquina da revista Time Out coloca-o mesmo no primeiro lugar de um top 10 dos
"melhores filmes" do certame.
Em contacto
telefónico a partir da Suíça (onde se deslocou para acompanhar a estreia de As
Mil e Uma Noites no respetivo mercado francófono), Miguel
Gomes sublinhou o significado do evento: "A passagem em Nova Iorque é
importante neste momento, sobretudo porque o filme foi comprado
no Festival de Cannes por um distribuidor americano (Kino Lorber) que o vai
lançar nos Estados Unidos e no Canadá."
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Cinema Português
segunda-feira, 14 de setembro de 2015
Huffington Post elege 10 eventos na Europa que não pode perder. Um é português
A publicação online destacou eventos de cidades como Dublin, Barcelona ou Berlim
O Huffington Post
elege dez eventos culturais que não pode perder em setembro na Europa e um
deles é português: o Caixa Alfama.
O festival dedicado ao fado e que tem o
banco Caixa Geral de Depósitos como naming sponsor é um dos eventos eleitos pela publicação online a não perder este setembro.
"A melhor forma de chegar ao coração
de Portugal é ouvindo a sua música, e o Fado é a alma deste país charmoso. Por
isso se está a planear viajar até Lisboa este setembro terá a grande
oportunidade de disfrutar de 40 concertos ao vivo que terão lugar na
cidade", descreve a equipa do Huffington Post. E deixa um alerta:
"Tenha cuidado, o Fado vai ficar na sua cabeça."
O Caixa Alfama, decorre de 18 a 19 de
setembro, no bairro Alfama, em Lisboa. Ana Moura, Cuca Roseta, Raquel Tavares,
Joana Amendoeira, Maria da Fé e Rodrigo são alguns dos nomes em cartaz nesta
terceira edição do festival.
Tiger Dublin Fringe (7 a 20 de setembro),
em Dublin, o Downtown Festival Istambul (16-20), o La Mercè (18 a 24), em
Barcelona, o RomaEuropa Festival (a partir de dia 23), Roma, CoffeeFest
(25-26), em Belgrado, o Hipnotik Festival (3 de outubro), em Barcelona, o
London Cocktail Week (5-11 de outubro), em Londres e o Festival das Luzes em
Berlim (9-18 de outubro) são outros dos eventos sugeridos pelo Huffington Post.
Curta-metragem de terror Miami, de Simão Cayatte
O júri
atribuiu também uma menção honrosa a Andlit, realizado João Figueira, de 17
anos, o mais jovem cineasta de sempre em competição. A curta-metragem Miami,
do cineasta Simão Cayatte, foi a vencedora do Prémio MOV MOTELx 2015, atribuído
na 9.ª edição do Festival Internacional de Cinema de Terror -- MOTELx, que no
domingo terminou no Cinema São Jorge, em Lisboa.
Miami,
sobre uma adolescente obcecada pela fama, mereceu ao cineasta de 31 anos o
galardão de Melhor Curta de Terror Portuguesa "pela sua capacidade de
criar densidade em redor das personagens".
O júri, composto pelo actor Albano
Jerónimo, o director do Festival de Sitges, Mike Hostench, e a escritora e
argumentista Kier-la Janisse, justificou a sua escolha indicando tratar-se de
um filme com "uma história e um argumento que resultam num final
satisfatório mas que, ao mesmo tempo, abrem espaço à continuidade da narrativa
e à sua mitificação, tal como a personagem principal almeja no filme".
Além do montante de 5000 euros, que o
posiciona como o maior prémio alguma vez atribuído a curtas-metragens em
Portugal, o MOV MOTELx 2015 inclui também "um fim-de-semana de
inspiração" num hotel da cadeira Hotéis Belver, um dos patrocinadores do
certame.
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Cinema Português
domingo, 13 de setembro de 2015
Faro quer ser Capital Europeia da Cultura
"Iniciámos o processo de candidatura de Faro à condição de Capital Europeia da Cultura para 2027." O anúncio foi feito ontem pelo autarca Rogério Bacalhau, no dia em que se celebrou o Dia do Município. A decisão vai ser conhecida em 2019. Depois de ter sido Capital Nacional da Cultura, em 2005, Faro vai agora entrar na corrida para o mesmo título a nível europeu. Rogério Bacalhau quer que o evento envolva além de Faro, todo o Algarve, e acredita que a região tem bons equipamentos para realizar este tipo de eventos culturais. "Este projeto requer a união de todos os agentes associativos, partidos políticos e entidades públicas de Faro e do Algarve", defende o autarca, que espera ter, em 2027, "um conjunto de eventos que chamem a atenção para a capital algarvia e para a região de uma forma diferente, não só com sol e praia, mas com cultura, identidade e património." A candidatura vai ser apresentada oficialmente em 2017 e será liderada por Guilherme d’Oliveira Martins, atualmente presidente do Centro Nacional de Cultura. In Correio da Manhã.
sábado, 12 de setembro de 2015
Poemas de José Saramago na revista russa “Inostrannaya Literatura”
Uma
das mais prestigiadas revistas literárias russas, Inostrannaya
Literatura, publica na sua edição dedicada à literatura portuguesa
vários poemas de José Saramago.
Em números anteriores, a revista publicou
textos de Jorge Luis Borges, Claudio Magris, John Updike, Martin Amis, entre
outros.
Fundação José Saramago.
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José Saramago
Óscares. Joaquim de Almeida (ao lado de Bullock) na corrida...
Começa hoje o Festival de Toronto, medidor das tendências da temporada dos grandes prémios. Our Brand Is Crisis, com o ator português, é um dos títulos mais esperados.
Neste ano, o Festival
de Toronto cumpre à risca o seu propósito: revelar ao mundo os primeiros filmes
a entrar na guerra pela temporada dos prémios e estrear uma mão--cheia de
títulos que só chegam aos ecrãs em 2016. O maior evento de cinema da América do
Norte tem também uma novidade, uma pequena secção competitiva com um júri de
peso. Uma competição para revelar novos cineastas, os grandes filmes de
Hollywood ficam de fora.
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Cinema Português
sexta-feira, 11 de setembro de 2015
De Ferreira de Castro a Manoel de Oliveira. As memórias de Mário Cláudio no DN
O escritor percorre as suas memórias e traça retratos de figuras das artes com quem ao longo do tempo se cruzou. Assina a rubrica Alma Vagueante a partir de amanhã, às sextas-feiras.
"Estou numa
idade em que tenho memórias. Todos nós temos memória, mas há uma idade a partir
da qual temos memórias" conta Mário Cláudio, escritor cuja obra conta
ficção, poesia, biografia, teatro ou ensaio. Nasceu no Porto em 1941.
Ao longo dos anos -
em que à atividade de escritor juntou a de professor universitário ou a direção
de bibliotecas - cruzou-se brevemente ou travou amizade próxima com figuras já
desaparecidas das artes portuguesas como Ferreira de Castro, Natália Correia,
Sophia de Mello Breyner, Mário Viegas, Eugénio de Andrade, Vasco Graça Moura ou
Manoel de Oliveira.
O autor deixa, a
partir de sexta-feira, "o registo de alguns encontros com essas figuras,
antes que fossem abandonados pelo tempo" numa rubrica a que chamou Alma
Vagueante. O nome da página do DN em que a partir de agora todos os
sábados deixa um episódio das suas memórias vem do - provavelmente mais
conhecido - verso do imperador Adriano:Animula
vagula blandula.
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Mário Cláudio
Cinema: As Mil e uma Noites: O Desolado candidato de Portugal a uma nomeação para Óscares
O filme As Mil e Uma Noites, Volume 2: O
Desolado, do realizador Miguel Gomes, é o candidato de Portugal a uma
nomeação para o Óscar de melhor filme estrangeiro, anunciou esta segunda-feira
a Academia Portuguesa de Cinema.
De
acordo com um comunicado da Academia Portuguesa das Artes e Ciências
Cinematográficas, aquele filme da trilogia de Miguel Gomes foi escolhido para
representar Portugal na categoria de Melhor Filme Estrangeiro nos Óscares da
Academia Americana de Cinema.
O Volume 2 conta com as interpretações dos
actores Joana de Verona, Teresa Madruga, Gonçalo Waddington, Crista Alfaiate,
João Pedro Bénard, Xico Xapas e Luísa Cruz nos papéis principais.
Este filme integra uma trilogia baseada
no conto persa As Mil e Uma Noites, no qual
a rainha Xerazade entretém o rei com histórias fantásticas para preservar a
própria vida.
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Cinema Português
quinta-feira, 10 de setembro de 2015
Maria João Pires vence Prémio Gramophone Concerto com gravação de Beethoven
Agora está
nomeada para o Prémio Gravação do Ano que será atribuído no dia 17 de Setembro.
Os Prémios Gramophone são uma das mais respeitadas e influentes distinções na
música clássica.
A gravação dos concertos para piano nº 3
e nº 4 de Beethoven pela pianista Maria João Pires, um disco editado em 2014,
venceu o prestigiado prémio Gramophone na categoria Concerto, que será entregue
numa cerimónia em Londres a 17 de Setembro. Está agora nomeada para Gravação do
Ano.
Os
Prémios Gramophone são uma das mais respeitadas e influentes distinções na
indústria discográfica de música clássica, atribuídas anualmente desde 1977. Os
prémios são divididos em 12 categorias, e os vencedores são escolhidos pelos
críticos da revista britânica de música clássica Gramophonee
membros da indústria, incluindo estações de rádio, directores artísticos e
músicos.
O disco de Maria João Pires, gravado em
estúdio com a Orquestra Sinfónica da Rádio Sueca, sob direcção do maestro
britânico Daniel Harding, foi o primeiro lançamento
da pianista portuguesa na Onyx Classics,
editora com a qual assinou no final de 2013, deixando a Deutsche Grammophon,
onde se encontrava desde 1989.
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Maria Joao Pires
terça-feira, 8 de setembro de 2015
Arquitetos portugueses na 1.ª Bienal de Chicago
O
Fala Atelier, do Porto, está entre os 40 participantes internacionais
selecionados para apresentar trabalhos, na primeira Bienal de Arquitetura de
Chicago, a realizar-se de 3 de outubro a 3 de janeiro de 2016, no Chicago
Cultural Center e outros espaços da cidade dos EUA.
A lista de 40
ateliers selecionados é dos diretores do evento, Joseph Grima (curador da
exposição Utilitas Interrupta da Experimenta Desgn, em 2011, em Lisboa) e Sarah
Herda, com a colaboração de um conselho consultivo formado por Frank Gehry,
David Adjaye, Elizabeth Diller, Jeanne Gang, Sylvia Lavin, Hans Ulrich Obrist,
Peter Palumbo e Stanley Tigerman.
O Fala Atelier foi
criado em 2013, no Porto, pelos arquitetos Filipe Magalhães, Ana Luísa Soares e
Ahmed Belkhodja. Trabalham territórios ou casas de pássaros, dizem no seu site.
O seu trabalho está em exposição Unfeasible que está desde 3 de setembro na
galeria Walter Knoll em Londres.
Diário
de Notícias.
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Arquitectura
Agustina Bessa-Luís homenageada pelo presidente da Câmara do Porto
O presidente da Câmara do Porto homenageou
neste sábado a escritora Agustina Bessa-Luís, na Feira do Livro, com uma tília
de vários metros de altura, recusando-se a falar de política, afirmando que só
quer falar de "felicidade".
"Este dia é
dedicado à felicidade, não à infelicidade", declarou o presidente da
Câmara do Porto, Rui Moreira, preferindo falar da escritora portuense Agustina
Bessa-Luís, e recusando falar sobre política nacional ou sobre o tema dos
transportes no Porto – Metro do Porto e Sociedade de Transportes Colectivos do Porto
(STCP), em processo de concessão a privados.
A Feira do Livro do Porto de 2015 está a
decorrer até dia 20 deste mês, nos jardins do Palácio de Cristal, sob o tema da
"Felicidade".
"Só falo sobre o poder autárquico,
e temos tido bastante poesia graças a Deus", declarou aos jornalistas,
após ter participado na cerimónia oficial no âmbito da Feira do Livro, à
escritora Agustina Bessa-Luís, que decorreu nos jardins da Palácio de Cristal e
na qual foi atribuída uma tília de homenagem àquela escritora.
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Agustina Bessa-Luis
segunda-feira, 7 de setembro de 2015
João Salaviza: "Se calhar filmei pela última vez esse desejo de cruzar adolescência e Lisboa"
João Salaviza tem 31 anos, mas filma como os antigos: Montanha, que se estreia no
Festival de Veneza, é um filme de um sereno esplendor. O bairro dos Olivais, em
Lisboa, como cenário da cavalgada de uma personagem em busca do sopro épico que
nunca (lhe) acontece. Numa tarde de 2012 pouco tempo depois de
João Salaviza ter ganhado o Urso de Ouro de Berlim com a curta-metragem Rafa, o café Vá-Vá, em Lisboa,
mitologia fundadora do Cinema Novo português – Os Verdes Anos, de Paulo Rocha,
aconteceu ali –, foi o espaço onde o cineasta explicitou o que também tinha
sido fundador no seu cinema: a nostalgia, a nostalgia por uma vida de bairro
que já não viveu.
João, contou nessa conversa, habitou
entre os 10 e os 16 anos aquele território a que se chama as Avenidas Novas,
espaço carregado de memórias (ainda por cima o pai, Edgar Feldman, assistiu
Paulo Rocha), mas na altura da sua solitária adolescência era já um cenário
esvaziado de vida. Filho da classe média, deu por si a desejar viver –
isto é, a ocupar intensamente a rua com o futebol, com a música... – como
"os miúdos das periferias" faziam, atacando a cidade de skate como os índios investiam sobre
Monument Valley.
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Cinema Português
Barreto Xavier lança o Ano Português do Cinema com entrega de medalha
Haden Guest, director da cinemateca da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, tem programado ciclos e filmes de realizadores portugueses.
Foi condecorando um
norte-americano que o secretário de Estado da Cultura lançou esta segunda-feira
o Ano Português do Cinema e do Audiovisual. Jorge Barreto Xavier atribuiu uma
medalha de mérito cultural a Haden Guest – director da cinemateca da
Universidade de Harvard, onde tem programado ciclos e filmes de realizadores
portugueses –, que foi descrito como “um amigo do cinema português”.
Questionado pelo PÚBLICO sobre a escolha de Haden Guest, o secretário de Estado
disse que outros “dez ou 20” nomes provavelmente mereciam o mesmo tipo de
reconhecimento e, sublinhando que os Estados Unidos são um mercado estratégico,
precisou que a condecoração era sobretudo um estímulo para o aparecimento de
outros embaixadores internacionais do cinema português.
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Cinema Português
domingo, 6 de setembro de 2015
Cinemateca exibe três filmes para redescobrir a atriz Maria Barroso
Maria Barroso possui uma filmografia escassa, mas muito rica: a Cinemateca Portuguesa homenageia-a (a partir de quinta-feira), apresentando um filme de Paulo Rocha e dois de Manoel de Oliveira
Quando Maria Barroso
faleceu, no passado dia 7 de julho, contava 90 anos, os obituários destacaram o
paradoxo da sua carreira cinematográfica: por um lado, a sua filmografia é
escassa, com grandes hiatos entre os respetivos títulos, facto naturalmente
indissociável do acompanhamento da trajetória política do marido, Mário Soares;
por outro lado, a raridade da sua presença no cinema
não impede que dela tenha ficado a imagem, ao mesmo tempo forte e delicada, de
alguém que conhecia essa arte subtil de estabelecer uma relação com os
espectadores através de uma câmara de filmar.
Nos
próximos dias, será possível ver ou rever as marcas de tão singular trajetória
através da homenagem que a Cinemateca Portuguesa presta a Maria Barroso. Serão
exibidos os três títulos fulcrais da sua filmografia: Mudar
de Vida , Amor
de Perdição eBenilde ou a Virgem Mãe, o
primeiro realizado por Paulo Rocha, os outros dois por Manoel de Oliveira.
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Cinema Português
Dez anos depois, Guimarães é um impasse
O Centro Cultural
Vila Flor começa hoje a comemorar uma década de vida, condicionado pelos
constrangimentos financeiros que o têm fragilizado nos tempos mais recentes. O
lugar que colocou a cidade no mapa é hoje motivo de preocupação: anatomia de
uma crise.
O pedido feito no café-concerto demora
menos do que era hábito a chegar. Não é um bom sinal. Há menos clientes para
atender e o frenesim que se chegou a viver, há bem pouco tempo, nestas mesas
perdeu-se. Antes dos espectáculos no Centro Cultural Vila Flor (CCVF) também se
encontram menos pessoas conversando à porta do grande auditório. Nos últimos
três anos, este espaço tem abrandado o ritmo da sua programação regular e
perdido constantemente público. O que aconteceu a Guimarães, dez anos depois da
inauguração do equipamento que colocou a cidade no mapa artístico nacional e
três anos volvidos desde a Capital Europeia da Cultura (CEC)?
Não é fácil encontrar
uma única resposta a estas questões, mas o diagnóstico merece alguma
unanimidade entre os agentes culturais locais. Esta “não é a cidade” que
Ricardo Areias, um dos directores do Centro para
os Assuntos da Arte e Arquitectura (CAAA), imaginava três anos depois da
Guimarães 2012: “A ruptura foi muito maior do que seria de esperar e isso não
foi nada benéfico para o público."
Apenas um português na Bienal do Livro do Rio de Janeiro
"Estou muito feliz por estar presente
[no Rio de Janeiro] e gostaria, claro, de ter muitos mais escritores
portugueses presentes. Não será por falta de qualidade, tenho a certeza",
disse o autor à Lusa. "Portugal tem, atualmente, muitos e excelentes
ficcionistas e poetas. Alguns deles já estão em força no Brasil -- e certamente
que os outros chegarão em breve".
A Bienal Internacional do Livro do Rio de
Janeiro tem início esta quinta-feira, no Riocentro, na Barra da Tijuca, e está
a ser anunciada como a maior já realizada, tanto no que diz respeito ao número
de participantes, quanto em relação ao espaço - além do aumento do investimento
em 12% em relação à edição anterior, em 2013, de acordo com a organização, há
também um aumento da área total de 55 mil para 80 mil metros quadrados In Correio da Manhã.
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Literatura
Ana Moura volta aos Estados Unidos para gravar álbum
Ana
Moura, que editou o primeiro álbum em 2003, é uma das vozes do fado que tem tido
mais projeção internacional, tendo colaborado com nomes como Prince, Rolling
Stones e Caetano Veloso. "Desfado", que teve edição internacional
pela Decca, está há mais de dois anos na tabela nacional de vendas e atingiu já
a quadrupla platina. Foi gravado entre Almada e Los Angeles, com a participação
de Herbie Hancock, valeu-lhe elogios da crítica internacional e foi reeditado
em 2014 acompanhado de um álbum ao vivo, gravado no festival Caixa Alfama, em
Lisboa. Com esta versão ao vivo, a fadista conquistou o Prémio Amália para o
Melhor Disco do Ano. Este mês, Ana Moura regressa ao festival Caixa Alfama, com
um concerto no dia 19. No outono atuará na Bulgária, na Turquia e na Austrália.
In Correio da Manhã.
sábado, 5 de setembro de 2015
Filme de João Salaviza estreia no Festival de Veneza
O Festival de Cinema de Veneza, que começa esta quarta-feira em Itália, contará com a antestreia mundial de "Montanha", a primeira longa-metragem do realizador João Salaviza, integrada na Semana da Crítica.
O mais antigo
festival de cinema do mundo cumpre 72 anos e conta com filmes de Marco
Bellocchio, Laurie Anderson, Tom Hooper, Alexander Sokurov, Amos Gitai ou
Charlie Kaufman, todos em competição pelo Leão de Ouro. Fora de competição, a
abertura dá-se em 3D com o filme "Everest", baseado na história
verídica da morte de oito alpinistas, em 1996.
Na Semana da
Crítica, uma secção independente do festival, João Salaviza estreará, no
sábado, dia 05, a primeira longa-metragem, "Montanha", na qual volta
a abordar a adolescência, tema que tem marcado presença nos filmes anteriores.
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Cinema Português
José Saramago, la mécanique des mots
Comme ses propres parents, bergers, José de Sousa était un ouvrier agricole
louant ses bras à la journée. Aussi José de Sousa Saramago, le fils,
grandit-il au sein d’une famille de paysans sans terre et analphabètes. Si
brillant élève soit-il, il est inconcevable qu’il poursuive en enseignement
général, passé l’âge de 12 ans. Il est donc orienté vers l’Ecole
industrielle d’Afonso Domingues de Lisbonne qui forme en cinq ans serruriers,
soudeurs, ajusteurs, tourneurs fraiseurs et mécaniciens.
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José Saramago
sexta-feira, 4 de setembro de 2015
Lobo Antunes: "Portugueses tratados como cães"
António Lobo Antunes elogiou a amizade na América
Latina e critica situação política nacional.
Nove anos
após ter recebido o Prémio José Donoso, António Lobo Antunes tem desde ontem um
volume com textos seus na coleção com o nome do mais importante escritor
chileno, editada pela Universidade de Talca. Em cerimónia em Lisboa, o autor
recebeu das mãos do reitor da instituição, do responsável da coleção, do
representante do governo do Chile e do diretor do Instituto Cervantes, o volume
intitulado Las Cosas de la vida, entre elogios à obra do escritor português que
desde 2006 integra uma lista de 16 artistas que receberam o Prémio José Donoso.
Em resposta
às afirmações da comitiva chilena, Dom António Lobo Antunes, como era referido
amiúde, agradeceu e num final de cariz político disse que "são os artistas
que devolvem a dignidade às pessoas", após ter referido que os
"portugueses estão a viver de forma muito dura e a serem tratados como
cães", numa alusão aos últimos anos de governação.
Durante a sessão, Lobo Antunes enumerou as
principais figuras da cultura da América Latina e explicou a importância que tiveram
na sua formação e no prazer da leitura. Jorge Luis Borges não é o seu
preferido, ao contrário de Juan Rulfo e do seu livro Pedro Páramo, que disse já
ter lido umas cinquenta vezes. Quanto ao Prémio, lamentou que no nosso país não
existam galardões destes para homenagear artistas estrangeiros: "Só temos
prémios para portugueses darem a portugueses. É uma pena."
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Lobo Antunes
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