segunda-feira, 4 de março de 2013
Como os heróis anónimos dos Descobrimentos abriram caminho à ciência moderna
O único manuscrito de Pedro Nunes que
sobreviveu até aos dias de hoje, nunca antes mostrado em Portugal; a carta
náutica portuguesa mais antiga que se conhece; o primeiro globo terrestre na
China – tudo isto, e como as grandes navegações marítimas dos portugueses e
espanhóis contribuíram para o aparecimento da ciência moderna no século XVII,
encontra-se na exposição 360º Ciência
Descoberta. Inaugurada esta sexta-feira às 18h, está aberta ao público a
partir de amanhã, sábado, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, até 2 de
Junho.
"Trata-se de uma exposição sobre ciência – não sobre os
Descobrimentos em geral", esclarece o comissário, Henrique Leitão,
historiador de ciência, no início do catálogo da 360º Ciência Descoberta.
Desfeitas eventuais dúvidas, a narrativa subjacente à exposição é a de
como as grandes viagens de exploração do planeta que portugueses e espanhóis
fizeram nos séculos XV e XVI – permitindo que o mundo conhecido deixasse de ser
local, resumido à Europa e ao Mediterrâneo, e se estendesse a toda a Terra –
influenciaram a ciência. E essa abertura geográfica, essa mudança de uma escala
local para uma global, alargando-se aos 360º do horizonte, começou por se
manifestar nas cartas náuticas.
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