quarta-feira, 31 de outubro de 2012

José Luís Peixoto prevê "ação limitada" de novo SEC

O novo secretário de Estado da Cultura (SEC), Jorge Xavier Barreto, irá ter a "ação limitada" devido ao atual orçamento que, na opinião manifestada em Toronto à agência Lusa pelo escritor José Luís Peixoto "humilha" o setor.

José Luís Peixoto falava à Lusa em Toronto, no Canadá, onde hoje termina uma visita de seis dias, durante a qual participou no Festival Internacional de Autores e numa iniciativa da EUNIC - a rede dos institutos nacionais de cultura da União Europeia, entre outros eventos.

Questionado sobre as expetativas que mantém em relação ao secretário de Estado recém-empossado, o escritor comentou: "Ele acaba de entrar em funções, há que dar o benefício da dúvida e acreditar. Mas, já se sabe que irá ter uma ação limitada, porque o orçamento [de Estado] secundariza a área da Cultura e até a humilha".

Ana Moura é primeira portuguesa com edição masterizada para iTunes


A discográfica Universal Music anunciou nesta segunda-feira que está já em pré-venda, na loja portuguesa do iTunes, o novo álbum de Ana Moura, ‘Desfado’.

Segundo o comunicado da Universal, Ana Moura, distinguida em 2008 com o Prémio Amália Rodrigues para a Melhor Fadista, é a "primeira artista portuguesa com edição masterizada especialmente para o iTunes".

"Neste novo conceito passaram a ser incluídos os discos cujos critérios correspondem à mais alta qualidade sonora (HQ), aqueles que correspondem a normas específicas de masterização, minimizando as perdas ocorridas durante o processo de conversão do áudio para o formato habitualmente usado pelo iTunes", explica a discográfica.
Correioda Manhã.

João Mota revela a poesia de Gil Vicente


Fiel ao seu princípio de levar à cena os clássicos da dramaturgia nacional, João Mota acaba de estrear, na Sala Estúdio do Teatro Nacional D. Maria II, em Lisboa, ‘Gil Vicente na Horta’, espectáculo que reúne vários textos vicentinos – como ‘Auto da Índia’ ou ‘Farsa de Inês Pereira’ – e que tem na peça ‘O Velho da Horta’ o seu fio condutor.
“Esta farsa estreou há precisamente 500 anos e como não a via em cena há muito tempo, achei que era a altura certa para a devolver ao contacto do público”, explica o encenador, que nesta versão procurou sublinhar o lado poético das peças de Gil Vicente, mas também a tensão entre o sagrado e o profano que existe nos textos.

Em cena até 2 de Dezembro, o espectáculo é interpretado por João Grosso, José Neves, Maria Amélia Matta, Lúcia Maria e outros.
Correioda Manhã.

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Semana de homenagem a José Saramago abre hoje em Nova Iorque


O prémio Nobel da Literatura José Saramago vai ser homenageado, em Nova Iorque, até 1 de novembro, com um conjunto de iniciativas, entre as quais leituras públicas, cinema e música.

A segunda edição da Semana José Saramago em Nova Iorque, "Saramago's Week in NY", apresentada na passada segunda-feira, é organizada pelo Arte Institute, em cooperação com a Fundação José Saramago, e marca os 90 anos do escritor, sendo esperada a presença da viúva de Saramago, Pilar del Rio, em Nova Iorque.

"Será uma semana eclética e multidisciplinar, com ações em diferentes áreas: literatura, dramaturgia, cinema, música e fotografia", disse à Lusa Ana Miranda, diretora e fundadora do Arte Institute.

O programa arranca hoje com a exibição do filme "José & Pilar", do realizador Miguel Gonçalves Mendes, já mostrado na primeira edição do festival, seguindo-se, no sábado, uma seleção de curtas-metragens portuguesas e espanholas.

Ruy de Carvalho recebe Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique


O actor Ruy de Carvalho, 85 anos, é agraciado com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique, pelo Presidente da República, nesta terça-feira, às 12h, no palácio de Belém, em Lisboa.
O actor está a celebrar 70 anos de carreira artística e, no ano passado, quando a actriz Eunice Muñoz fez 70 anos de teatro, também Aníbal Cavaco Silva lhe atribuiu igual condecoração.

Presença regular nos elencos das telenovelas e seriados televisivos nacionais, Ruy de Carvalho estreou-se, como amador, em 1942, no Grupo da Mocidade Portuguesa, com a peça “O Jogo para o Natal de Cristo”, encenada por Francisco Ribeiro, conhecido como Ribeirinho.

Frequentou em seguida o Conservatório Nacional. Em 1947, pisou pela primeira vez o palco do Nacional D.ª Maria II, em Lisboa, integrando o elenco da companhia Rey-Colaço/Robles Monteiro.

Passou depois pelo Teatro Avenida, em Lisboa, pela companhia Rafael Oliveira e pelo Teatro Monumental, onde contracenou com Laura Alves, pelo Teatro do Povo e, em 1961, integrou o Teatro Moderno de Lisboa, com sede no Cine-Teatro Império.

Antes, em 1957, o actor protagonizou a primeira peça apresentada na televisão, em Portugal, o “Monólogo do vaqueiro”, de Gil Vicente, quando da criação da RTP.


Rita Ferro vence PEN Narrativa 2012


Foi com surpresa e “imensa alegria” que Rita Ferro recebeu a notícia de que o seu livro A Menina é filha de quem? venceu o Prémio Pen Clube Português de Narrativa para livros publicados em 2011. Maria Filomena Molder venceu na categoria Ensaio, Fernando Guimarães na Poesia e Pedro Vieira na Primeira Obra de romance.

Num breve contacto com o PÚBLICO, Rita Ferro disse que esta distinção foi uma grande surpresa, sobretudo sabendo que entre os cinco finalistas do Prémio de Narrativa estavam As Luzes de Leonor de Maria Teresa Horta, A Rocha Branca de Fernando Campos, O Romance do Gramático de Ernesto Rodrigues, e Tempos de Esperança de Pedro Beltrão.

“Não me passou pela cabeça. Digo-o com toda a humildade”, confessou a escritora. “Fiquei muito feliz por estas pessoas do júri reconhecerem este livro como um livro sério. Foi a primeira vez que escrevi um romance sobre a minha vida.”

Rita Ferro, 57 anos, é filha do escritor António Quadros e neta de António Ferro, jornalista, político e director do Secretariado Nacional da Propaganda de Salazar. A sua mãe Paulina Roquette Ferro é personagem central do livro premiado.
Público.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Lobo Antunes: "Aquilo que vai ficar de um povo é a sua cultura"


Até domingo o festival literário Escritaria, em Penafiel, homenageia António Lobo Antunes, que considera o seu novo romance o mais autobiográfico de todos.

A frase de António Lobo Antunes - "escrever é um trabalho que se faz por paixão, com muito sacrifício, com muitas olheiras" - ficará para sempre no muro de uma das ruas de Penafiel, onde hoje começou mais uma edição do Escritaria, desta vez homenagem do autor que está a lançar novo romance, "Não é meia noite quem quer" (D. Quixote).

Este festival, lançado em 2008, que já teve edições dedicadas a Urbano Tavares Rodrigues, José Saramago, Agustina Bessa-Luís e Mia Couto, é, nas palavras do presidente da câmara Alberto Santos, "uma homenagem à língua portuguesa e aos que escrevem em português e têm obra marcante e contam a história da nossa alma". Por Penafiel passarão até domingo amigos e especialistas na obra do Prémio Camões 2007, como as académicas Ana Paula Arnaut e Maria Alzira Seixo, o escritor e tradutor canadiano Jeff Gordon Love, a espanhola Maria Luísa Blanco Lledó (que publicou "Conversas com António Lobo Antunes") e os jornalistas Mário Crespo e Fátima Campos Ferreira.

João Salaviza ganha Prémio em Memória de Ingmar Bergman


Depois do Urso de Ouro em Berlim, outra distinção de peso. Se não por tudo o resto, pelo simbolismo: Rafa, curta-metragem de João Salaviza, foi distinguida hoje com o Prémio Uppsala em Memória de Ingmar Bergman, um dos mais relevantes do Festival Internacional de Curtas Metragens que termina hoje na cidade natal do histórico realizador sueco.
O júri da competição internacional, onde estava integrado Rafa, é constituído por Joakim Blendulf, Jacob Lundstrm, Frédéric Pelle, Anita Svingen e Insa Wiese. O Prémio em Memória de Ingmar Bergman, que se destina a destacar um “realizador jovem e promissor que alargue as fronteiras da arte cinematográfica”, foi atribuído a Salaviza pela “cinematografia de sensibilidade” de Rafa, que “capta o silêncio de um jovem rapaz numa missão solitária na Lisboa moderna”. No site do festival destaca-se ainda uma “interpretação emotiva mas subtil que prenuncia um bom futuro”.

O prémio consiste em 50 mil coroas suecas (cerca de 5800 euros) e uma obra do artista Jin Jiang.

Ministro admite anulação de licenciaturas atribuídas na Lusófona

A Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias (ULHT), em Lisboa, fez saber em comunicado que já está a reanalisar os processos de alunos que obtiveram créditos pelo currículo profissional que apresentaram quando se candidataram à frequência de cursos.
O Ministério da Educação e Ciência aplicou uma sanção de advertência formal à universidade e anunciou, quinta-feira, que aquela instituição de ensino ia “proceder à reanálise de todos os seus processos de creditação profissional” desde 2006. Pouco depois de ser conhecido o teor do seu despacho, o ministro Nuno Crato sublinhou que “é possível que em alguns casos se detectem” irregularidades e que, se tal acontecer, a universidade possa vir a anular graus académicos — sem prejuízo dos alunos que poderem “retomar o percurso académico”, como se lê no despacho do governante.
Ontem à noite, a Lusófona comprometeu-se a “acatar e cumprir” a ordem do ministro, afirmando, em comunicado, que já deu início ao processo. Segundo o despacho de Nuno Crato, a ULHT deverá comunicar os resultados da reanálise em 60 dias.

Carminho nos Coliseus

 2012 tem sido um ano de sucesso para a fadista. Depois de "Alma" ter marcado presença nos tops em alguns países europeus, Carminho vai agora estrear-se em concertos nos Coliseus de Lisboa e Porto.
Maria do Carmo de Carvalho Rebelo de Andrade (Lisboa, 20 de Agosto de 1984), conhecida como Carminho, é uma fadista portuguesa. Nasceu numa família de músicos, sendo a sua mãe, Teresa Siqueira, e o seu irmão, Francisco Andrade, também cantores.Apesar de ter começado a cantar desde criança, só aos 22 anos decidiu fazer carreira musical depois de uma longa viagem pelo mundo que demorou 11 meses que a ajudou a tomar essa decisão. Diz que não precisou de coragem e explica simplesmente que é feliz a cantar o fado.[1]
Tem passado por várias casas de fado como A Taverna do Embuçado, Petisqueira de Alcântara e Mesa de Frades. Esteve na Suíça, numa quinzena temática portuguesa e com esse grupo, Tertúlia de Fado Tradicional gravou quatro canções ("Toca Pr'á Unha", "O Vento Agitou O Trigo", "Fado Pombalinho" e "O Fado da Mouraria") do CD "Saudades do Fado", editado em 2003
Participou nos espectáculos da feira do toiro realizados em 2003 e 2004 em Santarém e aquando das cerimónias de adesão de Malta à União Europeia actuou no país a convite da Embaixada Portuguesa.[2]
Em 2005 cantou num espectáculo, que teve lugar no Teatro Camões, oferecido pelo presidente da Turquia ao presidente Jorge Sampaio. Ainda em 2005 recebeu o prémio Amália, na categoria de Revelação Feminina.
Em 2006 colaborou nas gravações do disco "O Terço Cantado" que recebeu a bênção apostólica do Papa Bento XVI. As músicas são de Ramon Galarza e as vozes são dos irmãos Carmo Rebelo de Andrade e Francisco Rebelo de Andrade (participante no programa "Operação Triunfo").



Wikipedia.

domingo, 28 de outubro de 2012

Nova obra sobre Amália Rodrigues

Amália Rodrigues é "uma malabarista das harmonias", escreve Jean-Jacques Lafaye, que foi o seu empresário internacional, no livro "Amália uma voz no mundo" que é apresentado segunda-feira na embaixada da França, em Lisboa.
A obra, agora traduzida para português e editada pelo Museu do Fado, tem um prefácio de João Braga e reproduz fotografias inéditas da fadista e vários documentos, como a troca de correspondência com o editor discográfico Rui Valentim de Carvalho ou o representante de Amália, João Belchior Viegas.
"Amália uma voz no mundo" divide-se em quatro partes, uma delas inteiramente dedicada aos sete anos que Lafaye trabalhou com Amália, de 1985 a 1992, período que coincidiu com as celebrações mundiais dos seus 50 anos de carreira artística.
Uma das partes reproduz a entrevista que o autor fez à fadista em 1982, na qual a criadora de "Gaivota" conta o seu trajeto desde que "aos quatro anos" cantava as canções que ouvia a pedido dos vizinhos.

Júlio Pomar distinguido como Prémio de Artes Casino da Póvoa


O pintor Júlio Pomar (n. Lisboa, 1926) foi distinguido com o Prémio de Artes Casino da Póvoa, que vai já na sétima edição. O artista, cuja extensa obra atravessou e marcou diferentes estéticas do século XX português, vai receber o prémio num jantar-homenagem a ter lugar a 24 de Novembro, na Póvoa de Varzim.
Além de um prémio pecuniário, o Prémio de Artes Casino da Póvoa inclui a edição de uma monografia, de autoria de Laura Castro, com o título “Júlio Pomar – Imagem, Discurso, Memória”, co-editada com a Cooperativa Árvore (uma edição bilingue português-francês), e que será lançada na referida sessão de homenagem no Casino da Póvoa, que incluirá um concerto de Carlos do Carmo. E também a realização de uma exposição na galeria da Árvore, no Porto. Com o título “Atirar a albarda ao ar”, a mostra reúne oito telas temáticas do artista, que poderão ser vistas entre 9 de Novembro e 1 de Dezembro. A acompanhar a exposição será editado um catálogo, também de autoria de Laura Castro.

António Lobo Antunes é o convidado do Escritaria 2012


Uma instalação tridimensional, uma estante gigante na avenida principal, vídeos, palavras nos bancos dos jardins, objectos testemunhais em montras, aerogramas, crónicas, “post-its” em edifícios... Estas são algumas das expressões do Escritaria, o festival literário que é mais do que isso, e que foi lançado em 2008 em Penafiel, para homenagear grandes figuras das Letras da lusofonia.

O convidado e homenageado deste ano é António Lobo Antunes (n. Lisboa, 1942), cuja obra vai estar expressamente “em cena”, entre esta sexta-feira e o próximo domingo, naquela cidade do Douro Litoral.

O próprio escritor é aguardado este fim-de-semana em Penafiel, onde sexta à tarde (15h00, no Museu Municipal) participará numa conferência e responderá às questões dos interessados. Meia hora antes, é inaugurada a exposição de arte pública na Praça do Município. À noite (21h00, de novo no Museu), decorre o lançamento do seu último livro, “Não É Meia Noite Quem Quer”, com apresentação de Ana Paula Arnaut. Na tarde de sábado (Museu, 15h00), a vida e obra do autor de “Memória de Elefante” será tema de nova conferência, com a participação de vários convidados, entre os quais a professora e crítica literária Maria Alzira Seixo (Universidade de Lisboa).

Pintora Vieira da Silva homenageada em Paris


A  câmara municipal de Paris aprovou a realização de uma homenagem à pintora portuguesa, naturalizada francesa, Maria Helena Vieira da Silva. Para assinalar o 20º aniversário da morte da artista, a autarquia parisiense irá baptizar uma rua, praça ou equipamento com o nome de Vieira da Silva.
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Esta homenagem assinala o 20º aniversário da morte de Vieira da Silva, falecida em Março de 1992. Será também colocada uma placa, no nº34 da rua de l'Abbé Carton, no XIV bairro da capital francesa, onde a pintora viveu e trabalhou.

Maria Helena Vieira da Silva nasceu em Junho de 1908 e formou-se em desenho e pintura, na Academia de Belas-Artes, em Lisboa, e em Anatomia, na Faculdade de Medicina de Lisboa.

A pintora, que conta com uma série de ilustrações em livros infantis e é considerada uma das maiores artistas do abstracionismo do pós-guerra, foi a primeira mulher a receber o Grand Prix National de Arts e tornou-se membro da Legião de Honra Francesa. 


sábado, 27 de outubro de 2012

Mariana Gaivão vence Lobo de Prata em Montreal

O filme 'Solo' foi distinguido pelo festival canadiano e está por isso pré-nomeada para o Oscar para Melhor Curta Metragem de Ficção.
Terminou em força, no passado domingo, a 41.ª edição do prestigiado Festival du Nouveau Cinéma, em Montreal (no Quebeque, Canadá). Mariana Gaivão venceu o Lobo de Prata (atribuído à melhor curta-metragem não-canadiana) por aquele que é o seu primeiríssimo filme, Solo.
Mariana Gaivão, que se estreia aqui na realização depois de ter lançado carreira na área da montagem (que a levou a trabalhar com João Pedro Rodrigues, João Rui Guerra da Mata, João Salaviza ou Marco Martins), confessa ao DN que o prémio a vai "permitir respirar um pouco do ritmo alucinante de trabalho dos últimos dois anos" e fazê-la concentrar-se no seu "próximo filme". Embora constate que o prémio "é sempre um gesto subjetivo", admite que serve também de "reconhecimento importante e incentivo forte a continuar a filmar". O prémio poderá, ao mesmo tempo, beneficiar a projeção de Solo, já que este festival de cinema de Montreal é uma montra qualificadora de onde saem pré-nomeados para os Óscares na categoria de curta-metragem.


Murais do século XV e XVI descobertos em igreja de Foz Côa


Obras de restauro da Igreja Matriz de Freixo de Numão, em Vila Nova de Foz Côa, colocaram a descoberto pinturas murais a fresco dos séculos XV e XVI, com representações de S. Pedro

"Durante a desmontagem de dois altares da nave da igreja descobriu-se um painel de pinturas murais a fresco, provavelmente datadas do século XV ou XVI", disse esta sexta-feira o técnico de restauros, Carlos Costa, citado pela Lusa.
O painel está dividido em duas partes, sendo que uma delas apresentas sinais de avançado estado de degradação e pouco ou nada dá para identificar.
"Numa segunda fase, vamos fazer uma intervenção na área da capela-mor e esperamos que surjam algumas surpresas em termos de pinturas murais a fresco. Estes trabalhos serão iniciados em Novembro ou Dezembro", acrescentou o técnico.

Luís Veiga Leitão nasceu há 100 anos...


De nome civil Luís Maria Veiga, nasceu em Moimenta da Beira, e faleceu a 9 de outubro de 1987, no Brasil. Depois de ter concluído os estudos liceais, Luís Maria Leitão, que adotou mais tarde o pseudónimo Luís Veiga Leitão, desenvolveu diversas atividades profissionais: foi empregado do comércio, escriturário e delegado na propaganda de informação farmacêutica.
Em 1952, sofreu a experiência da prisão política sob o regime salazarista, redigindo mentalmente na cela os poemas que viria a publicar em 1955 num livro com o título Noite de Pedra, apreendido pela censura. Percorreu o país e alguns países da Europa, inaugurando, em 1957, no Collège International de Cannes, um curso de tradução de Português.
Partiu para o Brasil em 1967 e aí desempenhou várias funções, entre as quais as de redator, bibliotecário, desenhador, leitor, investigador, autor e locutor de um programa de televisão sobre a moderna poesia portuguesa, tendo sido também colaborador de publicações periódicas e conferencista.Regressando a Portugal apenas em 1977, fixou residência no Porto, onde tem hoje uma rua com o seu nome.

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Semana de homenagem a José Saramago abre hoje em Nova Iorque


O prémio Nobel da Literatura José Saramago vai ser homenageado, em Nova Iorque, até 1 de novembro, com um conjunto de iniciativas, entre as quais leituras públicas, cinema e música.
A segunda edição da Semana José Saramago em Nova Iorque, "Saramago's Week in NY", apresentada na passada segunda-feira, é organizada pelo Arte Institute, em cooperação com a Fundação José Saramago, e marca os 90 anos do escritor, sendo esperada a presença da viúva de Saramago, Pilar del Rio, em Nova Iorque.
"Será uma semana eclética e multidisciplinar, com ações em diferentes áreas: literatura, dramaturgia, cinema, música e fotografia", disse à Lusa Ana Miranda, diretora e fundadora do Arte Institute.
O programa arranca hoje com a exibição do filme "José & Pilar", do realizador Miguel Gonçalves Mendes, já mostrado na primeira edição do festival, seguindo-se, no sábado, uma seleção de curtas-metragens portuguesas e espanholas.

Ana Teresa Pereira vence Grande Prémio de Romance e Novela da APE


A escritora Ana Teresa Pereira conquistou o Grande Prémio de Romance e Novela, com o romance "O Lago", anunciou hoje a Associação Portuguesa de Escritores
O prémio, no valor de 15 mil euros, foi atribuído por maioria a Ana Teresa Pereira, uma das cinco finalistas ao galardão.
Os outros finalistas eram "As luzes de Leonor", de Maria Teresa Horta, "Tiago Veiga", de Mário Cláudio, "O Complexo de Sagitário", de Nuno Júdice, e "Cidade de Ulisses", de Teolinda Gersão.
Ana Teresa Pereira, nascida na Madeira em 1958, estreou-se em 1989 com o policial "Matar a imagem".
Tem publicado com regularidade na Relógio d'Água obras como "O ponto de vista dos demónios", "Se eu morrer antes de acordar", "Intimações da morte" e "O mar de gelo".
O júri integrou José Correia Tavares, José Manuel de Vasconcelos, Luísa Mellid-Franco, Manuel Gusmão, Manuel Simões e Silvina Rodrigues Lopes.

Morreu o compositor e pianista Carlos Azevedo

O pianista e compositor Carlos Azevedo, 63 anos, foi hoje encontrado morto na sua residência, em Carnaxide, arredores de Lisboa, disse à Lusa o músico Paleka, que tocou várias vezes com ele.
"Foi encontrado morto na sua residência [em Carnaxide], hoje de manhã, pelo irmão", disse à Lusa o baterista Paleka, acrescentando que "o corpo irá ser autopsiado".
Carlos Azevedo estudou composição com Jorge Peixinho, foi professor e diretor da Escola Jazz do Hot Clube de Portugal, tendo fundado outras escolas de música jazz.
Entre outros, Azevedo tocou com Jan P. Kaczmarek, Steve Potts, Maria João, Paleka e António Ferro. Com estes dois, constituiu o projeto "Bronx na Mouraria".
"Há uns anos, gravei uns fados com o Carlos [Azevedo] e o [baterista] Paleka, e fiquei deveras admirado com o desenvolvimento harmónico, digno dos melhores 'standards' norte-americanos, e de um lirismo e eruditismo invulgares", disse à Lusa Ferro.
Carlos Azevedo compôs regularmente para teatro e cinema, e para os grupos em que tocou.

Amália e Alain Oulman no Centro Português...


Tal como estava programado, o IPC apresentou ontem a palestra “O Fado... antes e depois de Alain Oulman”.

Perante uma sala cheia, na presença de perto de cem pessoas, na sua maioria alunos dos cursos de português, João da Costa Lopes, presidente do IPC, conversou com a audiência sobre o papel destacadíssimo e inovador de Alain Oulman na projecção e elevação do fado como expressão musical portuguesa enriquecida com a criação poética de alguns dos nomes maiores da poesia portuguesa.
Durante o evento foram projectados vídeos de fados cantados por Amália Rodrigues e musicalizados por Alain Oulman, a partir de versos de Luís de Macedo, José Régio, Luís de Camões, David Mourão-Ferreira, Ary dos Santos e outros poetas que deram uma nova dimensão ao repertório da fadista. Também foi exibido um extracto do documentário Com que voz, de Nicolas Oulman, filho do músico.
O evento, enquadrado no programa Gotas de Cultura Portuguesa,  decorreu nos espaços do Cantinho da Cultura, do Centro Português.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Na rede o N.o 5 de Blimunda...


Ao 5.º número da revista Blimunda abrimos espaço para um dos temas que mais está presente, muitas vezes como ferramenta de construção narrativa ou de descrição de espaços e ambientes na literatura universal, a comida. Dos primórdios aos tempos modernos, é esta viagem que aqui pretendemos trazer mostrando a importância que os alimentos, dos mais rudimentares aos mais sofisticados, tiveram na evolução social. Nunca esquecendo a crise alimentar que atravessamos, com consequências que em alguns casos ainda não conseguimos prever.
Este é também um número em que damos lugar às entrevistas. Na secção infantil e juvenil, com uma das mais importantes autoras portuguesas, Alice Vieira. Com mais de 40 anos de carreira e mais de 30 títulos publicados, é de literatura que se fala, sem preconceitos e olhando para o futuro.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Grátis: 12 livros de Camilo Castelo Branco


DOZE  livros de Camilo Castelo Branco, digitalizados a partir de edições que pertencem ao espólio da Biblioteca Nacional, estão a partir de hoje disponíveis no site do Diário de Notícias.
Estas obras podem ser lidas gratuitamente em qualquer computador pessoal que possua o programa Acrobat Reader (ou qualquer outro compatível com este formato) ou num tablet como, por exemplo, um iPad, utilizando para isso a aplicação iBooks. O formato de digitalização que escolhemos permite a pesquisa informática de palavras constantes no texto de Camilo mas apresenta ao leitor um facsimile de cada uma das páginas do original impresso. Esta solução contorna inevitáveis erros que o simples reconhecimento automático de caracteres iria provocar, garantindo-se assim a visualização correta da ortografia da época e o aspeto geral da tipografia da obra. Este trabalho da Biblioteca Nacional para o Diário de Notícias associa-se à semana promovida no Centro Cultural de Belém em torno dos 150 anos do "Amor de Perdição".
A programação de outras iniciativas, algumas com transmissão em direto nos sites do DN e do CCB, podem ser lidas clicando aqui.
(Ao clicar nos títulos abaixo irá abrir o livro automaticamente. Para o descarregar para o seu computador, utilize a função "Gravar" do Acrobat Reader ou clique com o botão direito do rato no link e escolha a opção "Guardar ligação...")

Os 150 anos de 'Amor de Perdição'

 Obra de Camilo Castelo Branco está a ser revisitada no Centro Cultural de Belém até sábado.
Aprender (ou recordar) uma das obras mais marcantes da literatura portuguesa: Amor de Perdição. Publicada há 150 anos, o romance de Camilo Castelo Branco serve de mote para a iniciativa que ontem começou no Centro Cultural de Belém.
Amor de Perdição é o título de uma novela portuguesa de Camilo Castelo Branco, escrito em 1862. É o mais famoso romance do autor, um dos expoentes do romantismo em Portugal.
A redação dessa obra, sua maior novela passional, foi inspirada em suas desventuras - sempre envolvido em casos amorosos complicados - e na peça Romeu e Julieta, de Shakespeare. Com a publicação da obra em 1862, Castelo Branco alcança grande popularidade.

Resumo da obra


Simão Botelho e Teresa de Albuquerque pertecem a famílias distintas, que se odeiam. Moradores de casas vizinhas, em Viseu, acabam por se apaixonar e manter um namoro silencioso através das janelas próximas. Ambas as famílias, desconfiadas, fazem de tudo para combater a união amorosa. Tadeu de Albuquerque (o pai de Teresa), após recorrentes tentativas de casar sua filha a um primo acaba por interná-la num convento.

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Le portugais n'est pas une langue rare!

« Avoir du portugais dans toutes les universités, est-ce indispensable ? », se demandait en août Geneviève Fioraso, ministre de l'enseignement supérieur et de la recherche, dans un entretien à Mediapart. Paulo Pisco, député des Portugais de l'étranger à l'Assemblée de la République du Portugal, lui répond – en français et en portugais. 
Dans la géographie et l’arithmétique des langues, le portugais est une langue d’une immense richesse, parlé actuellement par plus de 250 millions de personnes dans le monde entier. Elle occupe de jure une place très importante de langue globale, à valeur stratégique et qui se projette dans le futur.
Ce n’est pas seulement une langue d’émigration, comme certains esprits peu informés ou au jugement un peu rapide peuvent penser. Au contraire, elle a un énorme potentiel économique et culturel, pas seulement pour le Portugal, mais aussi pour la France. 

 

Ignorância e preconceito não têm limites! Ministra francesa diz que português é uma língua «rara»

O deputado socialista Paulo Pisco contestou hoje que o português possa ser considerado uma língua «rara», como afirmou a ministra francesa do Ensino Superior para defender que não é «indispensável» que esteja em todas as universidades.

Numa carta publicada no sítio do jornal Mediapart, com versões em francês e português, Paulo Pisco, deputado do PS eleito pelo círculo da Europa, insurge-se contra as declarações da ministra Geneviève Fioraso, em entrevista ao mesmo órgão de comunicação social, contrapondo que o português é uma língua atualmente falada por mais de 250 milhões de pessoas em todo o mundo.

«São declarações que revelam um misto de preconceito e de desconhecimento da língua e da cultura portuguesa e apenas confirmam as dificuldades que lhe têm sido criadas no sistema de ensino francês nos últimos anos, não obstante haver uma procura cada vez maior do português, o que é um indicador que não deveria de ser negligenciado», sustenta Paulo Pisco.



“Escrevo para desassossegar os meus leitores”, disse José Saramago, pela última vez, na apresentação do seu romance “Caim”. E o dia 16 de novembro, data do nascimento de José, será doravante o Dia do Desassossego, numa iniciativa da Fundação José Saramago. As celebrações dos 90 anos do autor juntam-se em Lisboa, na Casa dos Bicos, à comemoração do 30.º aniversário da edição do “Memorial do Convento”, com uma série de eventos.
A partir das 12 horas, atores e atrizes do grupo Éter vão recriar passagens do romance e ouvir-se-ão árias de Domenico Scarlatti cantadas por Jorge Baptista da Silva, num espetáculo dirigido por Vera Barbosa. Figuras como Blimunda, Baltazar, Frei Bartolomeu de Gusmão - e até o Cão - ocuparão as janelas e varandas da sede da Fundação, pela mão do pintor José Santa-Bárbara.

domingo, 21 de outubro de 2012

Filme português ganha prémio da crítica no Chile


A longa-metragem "A Última Vez Que Vi Macau", da autoria dos portugueses João Pedro Rodrigues e João Rui Guerra da Mata, conquistou o Prémio da Crítica na 19ª edição do Festival  Internacional de Valdivia, que decorreu no Chile entre 2 e 7 de Outubro.

A obra, que obteve também uma Menção Honrosa do júri da competição internacional do Festival de Locarno, na Suíça, em Setembro, tem um cariz biográfico, tendo nascido a partir das memórias de infância de João Rui Guerra da Mata, que em criança viveu em Macau. 

"A Última Vez Que Vi Macau" é uma produção da portuguesa Blackmaria e da francesa Epicentre Films, em coprodução com o estúdio, também francês, Le Fresnoy - Studio National des Arts Contemporains. 

Mostra de cinema de São Paulo exibe 19 filmes lusos


A 36ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, que começa na próxima sexta-feira, tem prevista a exibição de 19 filmes portugueses na sua programação, como parte da iniciativa do Ano de Portugal no Brasil, avança a agência Lusa.
O realizador Miguel Gomes será homenageado, com a exibição de cinco de seus filmes, três deles longas metragens: "A cara que mereces" (2004), "Aquele querido mês de Agosto" (2008) e "Tabu" (2012), este último premiado, em fevereiro, no festival de Berlim.
A mostra também exibirá "O Gebo e a Sombra", de Manuel de Oliveira, pela primeira vez no Brasil. A participação do filme no festival levará a São Paulo a atriz Leonor Silveira, que afirmou à Lusa esperar uma receção calorosa do público ao filme.

Boas Notícias.

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Morreu o escritor Manuel António Pina


   Morreu esta sexta-feira à tarde, no Porto, o escritor e jornalista Manuel António Pina. Galardoado em 2011 com o Prémio Camões, o mais importante da Língua Portuguesa, Manuel António Pina tem uma vasta obra de poesia e literatura infantil, sendo também autor de inúmeras peças de teatro e de livros de ficção e de crónica.
Manuel António Pina, jornalista, poeta e escritor tinha 68 anos, nasceu no Sabugal, licenciou-se em Direito pela Universidade de Coimbra. Vivia no Porto e foi jornalista do "Jornal de Notícias" durante três décadas, sendo repórter, redator, editor e chefe de Redação, mantendo até há poucos meses, na última página do JN, a crónica "Por outras palavras" e foi ainda cronista da "Notícias Magazine".

Jornal de Notícias.

terça-feira, 16 de outubro de 2012

EUA: Música portuguesa (com poema de Pessoa) entre as melhores baladas


'Amigo aprendiz', uma das canções do último disco de Rodrigo Costa Félix, com música de Tiago Bettencourt e poema de Fernando Pessoa, foi selecionada pela revista norte-americana The Atlantic para integrar a lista das 12 baladas "épicas" para ouvir em 2012, sendo que a revista fez questão de não escolher nenhuma balada cantada em inglês.

Esta canção, integra o mais recente álbum do fadista, 'Fados de amor', editado em Maio passado pela Farol. O disco surgiu como o primeiro CD da história do fado em que a guitarra portuguesa é integralmente interpretada por uma mulher, neste caso a guitarrista Marta Pereira da Costa, mulher do cantor, e que o Boas Notícias entrevistou recentemente.