quarta-feira, 12 de novembro de 2014

"Temo tanto que matem o Papa como que o convertam em santo"


João de Melo não publicava um romance há oito anos. O seu novo livro parte do anúncio da extinção do limbo por decreto papal, um tema que suscita uma incursão crítica na dimensão religiosa da Igreja.

O mais recente romance de João de Melo parte do anúncio da extinção do limbo por decreto papal. Tema que suscita uma incursão bastante crítica na dimensão religiosa da Igreja Católica sob o registo do realismo fantástico. Uma narrativa de quem se queixa sobre o estado dos livros em Portugal: "Não é fácil um escritor confrontar-se com a sua inexistência nas livrarias".

Não publicava um romance há oito anos. Porquê este jejum editorial na narrativa mais longa?
Cada escritor tem o seu ritmo próprio, um movimento interior para a criação da escrita. Uma coisa é escrever sob a pressão de um "desejo de linguagem" literária, e outra é andar ao "comércio da literatura", como diz Herberto Helder.

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