quinta-feira, 11 de abril de 2013
Livro revela que PIDE teve formação da Gestapo e CIA
A PIDE recebeu formação da Alemanha e dos Estados Unidos sobre técnicas
de tortura a aplicar aos presos políticos durante o Estado Novo, relata o livro
"Os últimos presos do Estado Novo", da jornalista Joana Pereira
Bastos.
No
livro, a jornalista do Expresso descreve a passagem de vários oposicionistas às
ditaduras salazarista e marcelista pelas prisões de Caxias e Peniche e os
traumas provocados pela tortura que "perduram até aos dias de hoje".
Em
declarações à agência Lusa, Joana Bastos diz que uma das principais razões para
escrever "Os Últimos Presos do Estado Novo - Tortura e desespero em
vésperas do 25 de Abril" foi a história de uma das suas tias, Maria de
Fátima Ribeiro Pereira Bastos, que pertenceu à Liga de Unidade e Ação
Revolucionária (LUAR), liderada por Palma Inácio, e esteve presa em Caxias.
"Acho
que a história contemporânea relata esta época muito 'en passant', fala-se
muito dos capitães, mas pouco da parte civil, porque houve muita gente anónima
que lutou para derrubar a ditadura e eu sentia que muita da minha geração tinha
um desconhecimento enorme em relação a isso", considera Joana Bastos.
A
autora diz ter procurado "contrariar a tese de que a queda da ditadura se
deveu unicamente a um grupo de capitães" e de que "a PIDE era
relativamente branda" na sua ação.
Para
Joana Pereira Bastos, ex-jornalista do Público e da agência Lusa, existe mesmo
"um branqueamento da violência e do grau de sofisticação dos métodos da
PIDE".
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