O filme de Botelho tem mais uma vez como ponto de partida um texto literário ou um desejo de intervenção sobre uma ideia de Portugal - como Conversa Acabada (Mário Sá Carneiro), A Corte do Norte, de Agustina Bessa-Luís, Quem és Tu? (adaptação do Frei Luís de Sousa) ou Filme do Desassossego (Fernando Pessoa). “Se eles escrevem melhor do que eu porque é que eu hei-de escrever? Gosto da relação do cinema com a literatura, que é uma das mil maneiras de fazer cinema”, explicou ao PÚBLICO o realizador
Com a adaptação de Os Maias, de Eça de Queirós, Botelho pretende “continuar a prestar um serviço público”: “A situação em Portugal é tão precária que me interessa pegar em textos fortes que dizem respeito a todos nós e afirmá-los. Há milhares de maneiras de fazer filmes, podem-se fazer filmes sem uma única palavra. Quando é um luxo fazer filmes neste país devem-se afirmar coisas que são importantes na nossa vida”, justifica.
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