O Governo
brasileiro adiou nesta sexta-feira a aplicação obrigatória do novo acordo
ortográfico em três anos, para 1 de Janeiro de 2016, de acordo com o decreto
publicado no 'Diário Oficial da União'.
Até então, o
decreto promulgado em 2008 previa a aplicação obrigatória das novas regras em Janeiro
de 2013, já na terça-feira.
A iniciativa do
adiamento surgiu após um pedido de parlamentares da Comissão de Educação do
Senado, que ouviram, numa audiência pública, as críticas de destacados
linguistas brasileiros às novas regras.
Como não havia
tempo útil para a aprovação de um projecto parlamentar, a saída foi negociada
com o Governo, disse à Lusa o senador Cyro Miranda no início do mês.
Desde Janeiro
de 2009, quando começou oficialmente a adesão do Brasil ao acordo, o uso da
nova grafia é opcional, e vai continuar a ser até 31 de Dezembro de 2015.
O adiamento,
defendido por parlamentares e linguistas, está a gerar polémica entre
educadores e alunos que já estão a adoptar as novas regras.
Para os
especialistas, como o linguista e professor brasileiro Ernani Pimentel, o
adiamento é um primeiro passo para a reforma do Novo Acordo que, na sua
opinião, não simplifica suficientemente a língua portuguesa. In Correio da Manhã.
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