terça-feira, 20 de novembro de 2012
Porto: Exposição -Homenagem a Manuel António Pina
Dia de
afetos e saudades, estranho, o deste domingo, em que faltou a magia própria do
Pina, que transformava em delícias momentos em que garantia nada ter a dizer,
como este, o de entrar no septuagésimo ano de vida.
Homenagem
é título de um livro alheio, cujos contornos, na velha Redação do JN e com
detalhes hilariantes, Manuel António Pina muito contava entre amigos. Pois foi
ele este domingo o homenageado, no Museu Nacional da Imprensa, no Porto, no dia
em que completaria 69 anos. "Como dirias, hoje entro no meu septuagésimo
ano", leu a filha mais nova, Ana, dirigindo-se ao poeta e jornalista que
nos deixou faz hoje um mês.
Tarde
de muita gente, amigos e admiradores (uns e outros misturam-se), algum improviso
e momentos tocantes, como o pequeno filme realizado por Joana Rodrigues, em que
fotos de Pina contavam uma história que tinha como pano de fundo as vozes do
próprio e de Álvaro Magalhães e Germano Silva ou o texto da filha Ana, em nome
da família, declaração de amor por todos os homens bons que nele coexistiam.
"Eras mais natureza do que ciência", disse, dirigindo-se àquele que
foi "vil, violenta e precocemente roubado à nossa presença".
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