O acervo que Manoel de Oliveira prometeu doar à cidade do Porto há duas décadas continua sem destino definido, repartido pela casa do cineasta e por um armazém do Museu de Serralves.
O filho do realizador, José Manuel Oliveira, disse hoje à agência Lusa que se gorou, por falta de acordo, a hipótese de transferência do acervo cinematográfico para o edifício construído para o efeito pela Câmara do Porto, projetado pelo arquiteto Souto Moura. José Manuel Oliveira disse também que o seu pai não foi contactado por ninguém quanto à hipótese de instalação do acervo no futuro polo da Cinemateca no Porto, aprovado há um ano pelo Conselho de Ministros para a Casa das Artes, outra obra de Souto Moura. "Isso nunca foi discutido com o meu pai. Não houve nada", afirmou José Manuel Oliveira, referindo que parte do acervo continua na casa de Manoel de Oliveira e a outra ao cuidado do Museu de Serralves. Segundo o filho do cineasta, foi feito "um acordo com Serralves, por uma questão de conservação" da parte do acervo que estava num apartamento há mais de 10 anos. Manoel de Oliveira responsabilizou em Setembro de 2007 a Câmara do Porto pelo fracasso da criação de uma casa-museu reunindo todo o seu acervo cinematográfico.
Público.
quarta-feira, 6 de abril de 2011
Manoel de Oliveira - Acervo sem destino à vista
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Manoel de Oliveira
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