segunda-feira, 30 de maio de 2016
Aproveitar a feira para descobrir os clássicos
É
quase uma ilusão quando se pensa que a Feira do Livro de Lisboa é o lugar
próprio para encontrar livros antigos e desaparecidos das livrarias. Porque em
grande parte essa tradição já deu o que tinha a dar em feiras do milénio
passado e agora poucos são os stands que ainda têm fartura de fundos de
catálogos. Quanto mais não seja porque muitas edições são pequenas, e os saldos
feitos no recinto ano após ano nos restos de coleção vão fazendo rarear os
títulos especiais que os leitores iam procurar à Feira do Livro.
Nem os
alfarrabistas escapam a esta situação, sendo ali também cada vez menor a
possibilidade de se darem com tesouros ao alcance da bolsa do visitante normal.
Talvez o colecionador abastado consiga satisfazer a sua pretensão, quanto mais
não seja encomendando numa visita e indo buscar o volume na seguinte.
domingo, 29 de maio de 2016
HOJE: RTP2 estreia série documental sobre a PIDE
O jornalista Jacinto
Godinho recua ao "período oculto" através de dezenas de testemunhos.
A estreia está marcada para as 21.30
Contar a história nunca
antes contada da polícia política do Estado Novo. Desenterrar do passado os
"rostos invisíveis por detrás da figura de Salazar". É a isto que se
propõe a série documental "A PIDE antes da PIDE", que a RTP2 estreia
esta noite, pelas 21.30.
Ao longo de nove
episódios, o jornalista Jacinto Godinho dá a conhecer "mais de duas
dezenas de testemunhas" que viveram nesse "período oculto",
especificamente entre 1926 e 1945. O seu objetivo, conta ao JN, é
"resgatar anos de jornalismo que não chegou a ser realizado".
"Tudo aquilo que foi interessante nessa altura - os golpes, as revoluções
- nunca vinham nas primeiras páginas dos jornais. Portanto, há uma história que
não se conhece. São coisas que existem em palavras, nos livros, mas que não
existem nas imagens. Este documentário aborda muitos desses nomes sem rosto,
que estavam invisíveis por detrás da figura de Salazar e que acabariam por
desaparecer da memória", explica.
O trabalho feito ao
longo de "vários anos", com auxílio do arquivo da RTP, implicou um
exaustivo processo burocrático. "Para identificar muitos dos agentes da
PIDE nas imagens, precisei de consultar os arquivos de cadastro deles e, para isso,
fazer uma série de pedidos à Assembleia da República", revela Jacinto
Godinho.
O primeiro episódio,
transmitido esta noite, será focado na figura de Agostinho Lourenço, primeiro
diretor da PVDE (Polícia de Vigilância e Defesa do Estado, 1933) e da PIDE
(1945). Este que ficou conhecido como o "anjo negro" de Salazar, foi
o homem que comandou, durante 25 anos, os serviços secretos portugueses.
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Cinema Português
A não perder...
Por louvável iniciativa da Embaixada de Portugal, do
Instituto Camões e várias instituições da Comunidade, está a decorrer nos belíssimos espaços de
La Estancia/PDVSA, uma amostra cultural sobre Portugal.
Termina hoje com duas actividades a não perder:
13 h – Música típica portuguesa
15 h – Grande Concerto de Andrea Imaginario
... e das 10 até às 17 h poderá desfrutar de petiscos
portugueses, que lhe farão lembrar os sabores de Portugal.
Visite hoje La Estancia. Não se arrependerá
sexta-feira, 27 de maio de 2016
Uma oportunidade perdida
A obra clássica de
Jaime Cortesão merecia seguramente um outro tratamento.
A reedição de Os
Descobrimentos Portugueses de Jaime Cortesão (1884-1960) poderia
ter sido um autêntico acontecimento cultural. Infelizmente, a montanha pariu um
rato. A falta de rigor e a ignorância de quem apresenta esta reedição são
formas de irresponsabilidade que nenhuma crítica séria pode silenciar.
Sobretudo quando os ditos “historiadores de renome capazes de contextualizar e
ao mesmo tempo renovar a actualidade de uma obra ímpar” (anúncio do Expresso) se despacham com uma dúzia de páginas de
prefácio e um posfácio de três páginas e meia, a que acrescentaram duas
pequenas entrevistas ao semanário, quando foi lançado o primeiro fascículo.
Trata-se de uma
obra clássica das letras portuguesas, escrita em fim de vida por um dos seus
maiores intelectuais e lutadores pela democracia do século XX: em 1940, esteve
preso em Peniche e no Aljube; no seu último regresso a Portugal, em 1957,
envolveu-se na campanha de Delgado, pelo que voltou a ser detido, quando
contava 74 anos, em 1958. A primeira edição foi publicada em fascículos,
começados a sair precisamente nesse ano, mas só ficou concluída em 1962, após a
morte do autor.
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Jaime Cortesao
quinta-feira, 26 de maio de 2016
Quatro estreias portuguesas na nova Temporada de música da Gulbenkian onde haverá também Dudamel
O maestro Dudamel, o
barítono Thomas Hampson, o compositor Jordi Savall, a cantora Angélique Kidjo,
o fadista Ricardo Ribeiro ou a pintura de Bosch como inspiração para uma ópera
são algumas das pontes entre pessoas e culturas em destaque na nova temporada
de música da Gulbenkian.
Foi apresentada
esta quarta-feira a nova temporada Gulbenkian Música 2016-17. Um programa
extenso onde os propósitos pedagógicos, com várias formas de fruir a música, e
a vontade de intervenção num contexto incerto como hoje – funcionando a música
como possibilidade de interligação entre as pessoas – se complementam com uma
série de nomes conhecidos, do maestro venezuelano Gustavo Dudamel ao barítono
americano Thomas Hampson, que funcionam como potencial de atracção.
Foi o Director
do Serviço de Música, Risto Nieminen quem o disse: “a música deve ser para
todos”, alertando para o papel que a música pode ter, para lá do
entretenimento, no sentido da revelação de novos mundos interiores e
exteriores. “A música faz parte da identidade da Gulbenkian” e "a democratização
da cultura e da música clássica” é central na sua actividade,
afirmou, exemplificando com o sucesso dos Concertos de Domingo, comentados
pelos maestros, a preços convidativos.
Visita guiada de Paula Rego com seis ratinhos no pescoço
A pintora
esteve ontem na Casa das Histórias para inaugurar a sua nova exposição, Old
meets New.
A nova
exposição de Paula Rego na Casa das Histórias, em Cascais, só abria às 18.30 de
ontem, mas a pintora decidiu fazer uma "ante-estreia" para a
comunicação social, passeando-se pelos seus quadros e explicando a origem de
cada um. Diga-se que os futuros visitantes perdem a melhor visita guiada que
pode existir para compreender a arte de Paula Rego, ou seja, a interpretação
própria da artista.
Não havendo
essa possibilidade, reproduz-se mais à frente parte do que disse, sempre
acompanhada pela curadora Catarina Alfaro e o autarca Carlos Carreira, que
anunciou a oferta de Paula Rego para o acervo da instituição de nove novas
obras.
15 minutos
depois da hora marcada, Paula Rego recebe os jornalistas. Está sentada num
banco que utilizou como cenário para a série inspirada no romance de Eça de
Queiroz, O Primo Basílio, com uma boneca atrás. Confundem-se as duas, a boneca
de cabelos em cachos dourados e um fato cor de rosa; a pintora de vestido preto
com estampados e um colar onde seis ratinhos coloridos de brincadeira lhe
ratavam o pescoço.
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Paula Rego
Rússia: Lançamento da tradução do ”Livro do Desassossego” de Fernando Pessoa em São Petersburgo
Realiza-se no dia 27 de maio de 2016, às 18h30, na
Biblioteca Pública Maiakovski, de São Petersburgo, o lançamento da tradução,
por Irina Feshschenko Skvortsova, do Livro do Desassossego, de
Fernando Pessoa. Esta iniciativa resulta de uma colaboração entre o leitorado
do Camões, I.P. na Rússia e a Biblioteca Pública Maiakovski, com apoio da
Embaixada de Portugal em Moscovo, e da Fundação Cultural Luso-Russa Lusitânia.
No evento participarão a Diretora do Departamento
de Literatura Estrangeira da Biblioteca Pública Maiakovski, Irina Totchilkina,
o leitor do Camões, I,P. na Rússia, os estudiosos da literatura portuguesa da
Universidade Estatal de São Petersburgo, Maria Mazniak, Konstantin Kovalev,
para além do representante da editora Ad Marginem, Oleg Klimov .
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Instituto Camões
Design português recebe seis European Design Awards, que em 2017 são no Porto
Teatro Nacional D.
Maria II, revista da Fnac ou Porto Sandeman entre os projectos premiados. Porto
será a cidade anfitriã da 11.ª edição.
Seis pratas e um bronze
para seis agências portuguesas – este é o balanço da participação do design de
Portugal nos European Design Awards, que foram entregues sábado em Viena, na
Áustria. Depois de, em 2014, a R2 ter sido considerada a Agência do Ano, em 2016 volta a ser premiada e a também portuguesa
Bürocratik foi distinguida em duas categorias. A cidade do Porto é a anfitriã
da cerimónia de 2017.
Na sala de espectáculos
Musik und Theater (MuTh) vienense, os R2, ou os
designers portugueses Lizá Ramalho e Artur Rebelo, voltaram a ser distinguidos com uma prata na categoria
Company Logo pela nova imagem do Teatro Nacional D. Maria II, um logotipo
criado em 2015 por encomenda da nova direcção do teatro. Do logo anterior, que
“só valorizava o monumento” através da reprodução da sua fachada, como
descrevem os designers no site dos
prémios, interpretaram as iniciais DMII (Dona Maria II) e focaram-se na letra M
como foco central de um logotipo que é “essencialmente tipográfico”. É o nono
prémio para os R2 na história dos prémios.
quarta-feira, 25 de maio de 2016
Manuel Alegre vence o Grande Prémio de Literatura dst 2016
Escritor vai receber um prémio de 15 mil
euros. Por Lusa Manuel Alegre é o vencedor do XXI Grande Prémio de
Literatura dst com a obra "Bairro Ocidental", na qual o júri
salientou o "reerguer de uma voz de protesto e de indignação",
adiantou hoje a organização daquele galardão.
Num comunicado enviado esta noite
à agência Lusa, a organização daquele que já é considerado uma "referência
incontornável no panorama cultural português", o Grande Prémio de
Literatura dst, explica que o júri destacou ainda na obra premiada o
"retrato inconformado da Pátria e das ditaduras" que nos governam,
"designadamente a dos mercados" encontrando "evidentes pontos de
contacto" com outra obra de Manuel Alegre, a "Praça da Canção",
editado há já meio século.
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Manuel Alegre
Siza desembrulhou a "prenda" que Portugal quis dar a Veneza
Álvaro Siza foi o foco
de todas as atenções na abertura do Pavilhão de Portugal na 15.ª Bienal de
Veneza. Onde António Costa defendeu que a arquitectura “é a chave para a
integração social e a grande arma contra o medo, a xenofobia e o fecho das
fronteiras”.
Chega-se à ilha
da Giudecca voltando as costas – mas sem nunca deixar de olhar para trás – ao
recorte único da frontaria contígua à Praça de S. Marcos. Ao desembarcar na
paragem de vaporetto de Zitelle, o visitante pode escolher
entre ver a exposição de fotografia de Helmut Newton – White
Women, Sleepless Nights e Big Nudes – no velho palacete Tre Oci, ou o
Pavilhão de Portugal, intitulado Neighbourhood
– Where Álvaro Meets Aldo, também publicitado num outdoor à borda da laguna.
Como também Siza
teve em Veneza, até meados deste mês, uma exposição de desenhos eróticos com o
seu colega italiano Carlo Scarpa (1906-1978), na Fundação Querini Stampalia, e
porque o tempo agora é da Bienal, seguimos em direcção à arquitectura. Somos
guiados pelo painel em que o arquitecto português surge fotografado, como
viajante e como um cidadão igual aos outros, nos quatro bairros – Giudecca,
Haia, Berlim e Porto – que desenhou desde a década de 1970, quando achou que a
habitação social tinha dignidade e importância suficientes para reivindicar a
arquitectura.
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Siza Vieira
O britânico que queria libertar Camões
Durante anos, foi o aluno solitário de Português em
Oxford. Depois, o único professor. Mas foi essa “solidão” que transformou Tom
Earle num dos mais dedicados defensores dos Estudos Portugueses no Reino Unido,
durante mais de 50 anos. A Revista 2 falou com ele e percebeu por que razão
“infinitivo pessoal” é a declinação rebelde do britânico que se apaixonou pela
língua portuguesa por causa da gramática.
Ao receio de ser
intrusa num momento quase íntimo entre professor e alunos, sentada, à parte,
observando, tirando notas, seguiu-se o espanto, quase estupefacção, ouvindo
aqueles miúdos de 19 anos entusiasmados com as viagens de Mendes Pinto, um
texto do século XVI que eles leram na íntegra quando nós, em Portugal, lêramos
apenas partes, das quais nem nos lembrávamos.
Esta nota
pretende esclarecer o que há de especial num professor amado pelos seus colegas
e alunos ao longo de 50 anos dedicados ao estudo e ao ensino de cultura e
literatura portuguesas em Oxford. Esse encantamento não existe apenas do lado
de lá da aula — ele vem do professor, apaixonado pela língua e por Portugal.
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Camões
terça-feira, 24 de maio de 2016
Chile: Cinema Português presente no Festival de Cinema Europeu
Portugal estará representado na 18ª edição do
Festival de Cinema Europeu que decorre no Chile, entre 26 maio e 5 de junho de
2016, com “O Cônsul de Bordéus” (2011), de Francisco Manso e João Correa, e
“Alentejo Alentejo” (2014), de Sérgio Tréfaut. Este evento conta com o apoio da
Embaixada de Portugal em Santiago do Chile e do Camões, I.P.
O primeiro filme, “O Cônsul de Bordéus”, relata a
história verídica de Aristides de Sousa Mendes, cônsul de Portugal em Bordéus,
que durante a Segunda Guerra Mundial desobedeceu a Salazar e concedeu vistos de
entrada para Portugal a cerca de 30 mil refugiados, inscrevendo o seu nome na
história da humanidade.
O segundo, um documentário, “Alentejo Alentejo”
(2014), de Sérgio Tréfaut, leva o espectador numa viagem ao interior do
Alentejo onde se descobrem as paisagens, tradições e modo de vida dos seus
habitantes. Uma das mais interessantes tradições nascidas a Sul do Tejo está no
cante alentejano, um coro polifónico entoado habitualmente por grupos de homens
de todas as idades, embora existam também alguns grupos femininos.
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Cinema Português,
Instituto Camões
Marcelo promulgou: só se pode ir para o Panteão 20 anos após a morte
Mosteiro
dos Jerónimos e Mosteiro da Batalha passam também a ter estatuto de panteão
nacional
O
Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, promulgou o diploma que altera
o regime que define e regula as honras do panteão nacional, refere uma nota publicada esta
quarta-feira na página na Internet da Presidência.
Uma
alteração no regime prende-se com a deposição no panteão nacional dos restos
mortais dos cidadãos distinguidos, que passa a só poder ocorrer 20 anos após a
sua morte, enquanto a afixação de lápide alusiva à sua vida e à sua obra pode
realizar-se cinco anos após a morte.
As
honras de panteão destinam-se a homenagear "cidadãos portugueses que se
distinguiram por serviços prestados ao país, no exercício de altos cargos
públicos, altos serviços militares, na expansão da cultura portuguesa, na
criação literária, científica e artística ou na defesa dos valores da
civilização, em prol da dignificação da pessoa humana e da causa da
liberdade".
segunda-feira, 23 de maio de 2016
Feira do Livro de Lisboa com mais pavilhões e novos visitantes - os editores estrangeiros
Regresso do Brasil
mesmo em plena crise política e um número recorde de pavilhões marcam edição de
2016, que começa já quinta-feira. Grupo de agentes literários internacionais
visita a feira.
A Feira do Livro
de Lisboa “é uma feira popular, para os leitores”, diz João Amaral, presidente
da Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL), mas isso não a impede
de querer tentar outra abordagem em 2016 – aproximar-se, tentativamente, às
feiras do livro de negócios de Frankfurt ou Londres trazendo editores e agentes
literários estrangeiros a visitar a feira que começa na quinta-feira. O
regresso do Brasil em plena comoção política e ministerial, o cinema a
homenagear Vergílio Ferreira e um número recorde de 277 pavilhões são algumas
das novidades da 86.ª Feira do Livro de Lisboa.
É uma
experiência, que traz um pequeno grupo de editores ingleses e alemães com o
apoio da AICEP - Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal em
prospecção ou com intenção de negócio ao expositor do mercado livreiro e
editorial português que é a Feira do Livro, explicou João Amaral. No Parque
Eduardo VII e com os habituais desejos de bom tempo para bafejar a feira, a
conferência de imprensa de apresentação do evento, que decorre de 26 de Maio a
13 de Junho na sua casa habitual, terminou com o anúncio desta tentativa de
aumentar o potencial de negócio para as editoras presentes para além das vendas.
sábado, 14 de maio de 2016
Lançamento da Biblioteca Digital Luso-Brasileira foi no dia 10 de maio
As bibliotecas nacionais do
Brasil e de Portugal se associaram para o desenvolvimento do portal da
Biblioteca Digital Luso-Brasileira, cujo objetivo primordial é disponibilizar,
a partir de um único ponto de acesso, os acervos digitais das duas instituições.
Trata-se de um esforço conjunto para dar nova dimensão, relevância e
visibilidade aos conteúdos culturais em língua portuguesa na internet.
Além dos acervos digitais das duas instituições e dos repositórios
digitais nacionais gerenciados por elas – RNOD por Portugal e Rede Memória
Virtual Brasileira –, integram a Biblioteca Digital Luso-Brasileira
preciosidades como os manuscritos dos séculos XVI e XVIII, pertencentes ao
Arquivo Histórico Ultramarino, levantados pelo projeto Resgate Barão do Rio
Branco. Esse acervo trata da vida pública e privada dos habitantes das 18
capitanias, que atualmente correspondem a 22 estados brasileiros, entre outros
itens.
Tendo como princípio a convergência de esforços e o compartilhamento de
recursos, a Biblioteca Digital Luso-Brasileira – como dispositivo de difusão
cultural – se posiciona junto a iniciativas colaborativas plurinacionais como a
Biblioteca Digital Mundial (https://www.wdl.org/pt/) e a Europeana (http://www.europeana.eu/).
Além dos registros de arquivos digitais o portal disponibilizará
conteúdos textuais criados para contextualizar as coleções digitais.
quinta-feira, 5 de maio de 2016
Poema sobre a Língua...
Língua Portuguesa
Última flor
do Lácio, inculta e bela,
És, a um tempo, esplendor e sepultura:
Ouro nativo, que na ganga impura
A bruta mina entre os cascalhos vela
Amo-se assim, desconhecida e obscura
Tuba de algo clangor, lira singela,
Que tens o trom e o silvo da procela,
E o arrolo da saudade e da ternura!
Amo o teu viço agreste e o teu aroma
De virgens selvas e de oceano largo!
Amo-te, ó rude e doloroso idioma,
Em que da voz materna ouvi: "meu filho!",
E em que Camões chorou, no exílio amargo,
O gênio sem ventura e o amor sem brilho!
Olavo Bilac, in "Poesias"
quarta-feira, 4 de maio de 2016
Cartas reencontradas de Fernando Pessoa a Mário de Sá-Carneiro
Mário de Sá-Carneiro, cujo centenário da
morte se assinalou em abril, enviou várias cartas a Fernando Pessoa. Essas
cartas são conhecidas e foram, de resto, publicadas num volume na Assírio &
Alvim (Cartas de Mário de Sá-Carneiro a Fernando Pessoa). Das respostas de
Pessoa, por sua vez, sabe-se muito pouco. “Durante décadas, os leitores das
cartas de Sá-Carneiro especularam, com fascínio, sobre o que conteriam as
cartas de Pessoa: muitas vezes, Sá-Carneiro reage às informações do amigo;
noutros passos, coloca questões e faz pedidos, a que Pessoa forçosamente se
terá referido na correspondência seguinte”, explica Pedro Eiras na abertura
deste livro, onde explica ainda como descobriu, no antigo Hôtel de Nice, em
Paris, as cartas que Fernando Pessoa enviara a Mário de Sá-Carneiro entre julho
de 1915 e abril de 1916. Essa correspondência deixa entrever o quotidiano de
Pessoa, os seus projetos, entusiasmos e dúvidas, cem anos depois de Orpheu
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Fernando Pessoa
terça-feira, 3 de maio de 2016
Dia da Língua Portuguesa e da Cultura na CPLP
Em 2016 as
celebrações do Dia da Língua Portuguesa e da Cultura na CPLP, a 5 de
maio, realizam-se em cerca de cinco dezenas de países, com o apoio ou por
iniciativa da rede do Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, I.P.
Esta data
comemorativa foi instituída a 20 de julho de 2009, por resolução da XIV Reunião
Ordinária do Conselho de Ministros da organização, realizada na Cidade da
Praia, Cabo Verde. Esta decisão fundamenta-se no facto de a língua portuguesa
constituir, entre os povos da comunidade, “um vínculo histórico e um património
comum resultantes de uma convivência multissecular que deve ser valorizada”.
Em diversas
cidades do mundo onde o Dia da Língua Portuguesa e da Cultura na CPLP vai ser
assinalado, as celebrações, que assumem expressões diversas, são organizadas
conjuntamente pelas embaixadas e representantes dos países da CPLP aí
presentes.
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dia da lingua
segunda-feira, 2 de maio de 2016
Portuguesas escritoras antes do século XIX
Escreveram às
escondidas, de forma discreta ou sob pseudónimo, porque a sua condição feminina
as impedia de ser pouco mais do que esposas e mães. Durante quatro séculos
foram muitas as que ousaram escrever e pensar. Mas esta literatura permanece
esquecida
Rainhas, princesas, damas da corte,
freiras que viviam nos conventos, todas tinham em comum o raro privilégio de
ter algum acesso ao conhecimento, domínio absoluto dos homens. Sabiam ler e
escrever, recebiam uma instrução limitada, vigiada e adequada ao papel de mães
e esposas, aos deveres religiosos; funções que mais precisavam da graciosidade
do que da inteligência. Porém, neste ambiente discreto e controlado, muitas
aventuraram-se a pegar na pena e a escrever o que pensavam. E escreveram muito:
biografias, novelas, prosa mística, trocaram cartas, fizeram poesia, traduções.
Os nomes destas autoras que produziram milhares de textos, entre os os séculos
XVI e XVIII, permanecem, na sua maioria, esquecidos na história da literatura
portuguesa. Até agora eram pouco mais de
vinte as que lá figuravam, mas uma investigação pelos arquivos nacionais
conduzida por Vanda Anastácio, professora de literatura da Universidade Nova de
Lisboa, revelou mais de mil mulheres escritoras Uma pequena amostra desse
levantamento está reunida na obra “Uma Antologia Improvável – A Escrita de
Mulheres”, publicada em 2014. A autora
fala de alguma das mulheres que fazem parte deste universo literário feminino.
Entre elas está a infanta D. Maria, filha de
D. Manuel I, princesa do
renascimento que do seu paço fez um centro de cultura, onde as mulheres mais
cultas da sociedade quinhentista se reuniam para falar de livros e de arte.
Outra referência, figura marcante da cultura do século XVIII, é Leonor de
Almeida Portugal Lorena e Lencastre. A
marquesa de Alorna, neta dos marqueses de Távora, a família acusada pelo
Marquês de Pombal de atentado contra o rei D. José, era reconhecida pelos seus dotes literários, musicais e nas artes
plásticas. Vamos conhecê-las melhor.
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portuguesas escritoras
Camões atribui bolsas de estudo e de investigação em Língua Portuguesa
São seis as bolsas oferecidas pelo Camões - Instituto da
Cooperação e da Língua
Os estudantes e professores de português em universidades estrangeiras, interessados em realizar em Portugal um curso de aperfeiçoamento linguístico, encontram essa oportunidade nas bolsas oferecidas pelo Camões, I.P.
O Instituto gere um conjunto de bolsas “destinadas a cidadãos estrangeiros e portugueses através dos quais apoia e promove prioritariamente o estudo e a investigação da área da língua e cultura portuguesas; a formação científica ou profissional na área de português língua não materna; a formação ou o aperfeiçoamento na área da tradução e interpretação de conferências”, como informa na sua página oficial na internet. São seis as bolsas de estudo oferecidas pelo Camões, I.P. para um universo de estudantes ou licenciados estrangeiros e portugueses; professores e investigadores estrangeiros e portugueses; responsáveis de Cátedras de Estudos Portugueses e de Departamentos de Português em universidades estrangeiras.
Cursos de verão e Cursos Anuais
As bolsas para frequência de «Cursos de verão de Língua e Cultura Portuguesas», destinam-se a estudantes estrangeiros e portugueses que residam no estrangeiro e que pretendam aperfeiçoar a sua competência linguística.
São ministrados em universidades portuguesas ou em instituições reconhecidas pelo Camões, I.P.. O programa realiza-se ao longo e um mês e para 2016/2017, o Camões, I.P. disponibiliza 28 bolsas.
Para os «Cursos Anuais de Língua e Cultura Portuguesas», o Instituto atribui bolsas com o mesmo objetivo dos Cursos de verão e para o mesmo universo de candidaturas. São também ministradas em universidades portuguesas ou em instituições reconhecidas pelo Camões, I.P., mas a duração é maior: oito meses. Para esta bolsa, o Instituto atribuiu 15 vagas
Mundo Português
Os estudantes e professores de português em universidades estrangeiras, interessados em realizar em Portugal um curso de aperfeiçoamento linguístico, encontram essa oportunidade nas bolsas oferecidas pelo Camões, I.P.
O Instituto gere um conjunto de bolsas “destinadas a cidadãos estrangeiros e portugueses através dos quais apoia e promove prioritariamente o estudo e a investigação da área da língua e cultura portuguesas; a formação científica ou profissional na área de português língua não materna; a formação ou o aperfeiçoamento na área da tradução e interpretação de conferências”, como informa na sua página oficial na internet. São seis as bolsas de estudo oferecidas pelo Camões, I.P. para um universo de estudantes ou licenciados estrangeiros e portugueses; professores e investigadores estrangeiros e portugueses; responsáveis de Cátedras de Estudos Portugueses e de Departamentos de Português em universidades estrangeiras.
Cursos de verão e Cursos Anuais
As bolsas para frequência de «Cursos de verão de Língua e Cultura Portuguesas», destinam-se a estudantes estrangeiros e portugueses que residam no estrangeiro e que pretendam aperfeiçoar a sua competência linguística.
São ministrados em universidades portuguesas ou em instituições reconhecidas pelo Camões, I.P.. O programa realiza-se ao longo e um mês e para 2016/2017, o Camões, I.P. disponibiliza 28 bolsas.
Para os «Cursos Anuais de Língua e Cultura Portuguesas», o Instituto atribui bolsas com o mesmo objetivo dos Cursos de verão e para o mesmo universo de candidaturas. São também ministradas em universidades portuguesas ou em instituições reconhecidas pelo Camões, I.P., mas a duração é maior: oito meses. Para esta bolsa, o Instituto atribuiu 15 vagas
Mundo Português
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