quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Rodrigo: "Estão a fazer mal ao fado"




O fadista de 73 anos atua sexta-feira no CCB, em Lisboa. Por Miguel Azevedo São mais de 53 anos de história ligados ao fado que Rodrigo carregará consigo para o palco do CCB, na próxima sexta-feira, num espetáculo de celebração e de homenagem à canção de Lisboa e àqueles que mais o influenciaram no início da carreira. Apesar de ter como convidados Carminho e Ricardo Ribeiro, dois dos fadistas da nova geração que mais admira, Rodrigo, de 73 anos, não deixa, no entanto, de deitar um olhar crítico aos ‘novos’ fados. "Eu não sou purista mas tem que se ter muito cuidado quando se fala de fado. Há gente nova muito boa, mas estão a fazer mal ao fado com esta tendência enorme para chamar fado a tudo. Parece que basta ter uma guitarra portuguesa. Ver um fado com bateria, por exemplo, é algo que me deixa muito triste. O fado é uma coisa única, não existe em mais nenhuma parte do Mundo. Se não preservamos as características, qualquer dia pode-se fazer fado no Japão", diz o artista, que considera também que se estão a ignorar as velhas gerações.

Correio da Manhã.

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