A Cidade e Pets são as obras escolhidas para inaugurar um ano inteiro de comemorações para a coreógrafa e para a companhia que dirige. Ao todo vão ser sete peças a rever noutros corpos e noutros tempos, a partir de hoje no Teatro Municipal São Luiz, em Lisboa.
As luzes baixam, a música começa, lenta. É a entrada para um solo, mas são dois os bailarinos no palco do São Luiz. Paralelos, os corpos escrevem no espaço uma mesma coreografia, com intensidades diferentes aqui e ali. "Protege-te agora, não sabes o que está para vir" grita Pedro Santiago Cal para Bruno Alves, no meio do movimento. O aviso é literal - algo vai cair do céu d"A Cidade, a criação que abre a Retrospectiva da Companhia Olga Roriz, - mas é sobretudo para levar a sério naquilo que anuncia de menos óbvio. Ali mesmo, naquele não saber o que está para vir, joga-se o futuro dos vinte anos da estrutura e dos 40 anos de carreira da coreógrafa.
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