sábado, 13 de setembro de 2014
"O Portugal dos Maias é igual ao Portugal de hoje"
"O Portugal dos Maias é
igual ao Portugal de hoje"
Dificilmente encontraríamos cineasta
menos unânime para adaptar Os
Maias ao grande écrã, mas
João Botelho atirou-se ao romance de Eça sem medo. "Isto" – o cinema,
o dinheiro para o fazer – "é tão raro que um gajo só pode filmar coisas
importantes", diz. Para lá das telas pintadas, do guarda-roupa de época,
do artifício, Os Maias é um filme sobre Portugal, hoje.
Se há
um livro unânime como grande romance português, é Os Maias, de Eça de Queirós, um
enorme fresco, entre crónica de costumes e alta literatura, de um Portugal
oitocentista que continua a falar aos nossos dias como raras obras literárias o
conseguiram. Dificilmente encontraríamos cineasta menos unânime para adaptar Os Maias ao grande écrã do que João Botelho, 65
anos, autor de um dos universos mais singulares e menos consensuais do cinema
português desde a sua estreia em 1981 com Conversa
Acabada. Saído do êxito de Filme
do Desassossego (2010) – que
lançou sem distribuidor em digressão pelo país, somando 30 mil espectadores que
dificilmente o teriam ido ver no circuito tradicional –, abalançou-se ao
romance de Eça sem medo.
Etiquetas:
Cinema Português
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário