Um rei caprichoso, um padre visionário que acaba por morrer louco e uma construção megalómana que faz do povo um herói. Pelo meio a ameaça da crise dinástica, a promessa, os frades, os acidentes de percurso, o corredor de 232 metros que separa D. João V da rainha que ele não ama, o casal que se apaixona ao primeiro olhar durante um auto-de-fé, a máquina de voar de Bartolomeu de Gusmão, as pedras que viajam 15 quilómetros para chegar ao estaleiro onde trabalham 45 mil operários. Tudo isto é Mafra, segundo José Saramago e o seu Memorial do Convento, o romance que é leitura obrigatória desde 2002 mas que o novo programa e metas curriculares de Português do ensino secundário podem vir a deixar de fora.
sexta-feira, 27 de dezembro de 2013
D. João V, Baltazar e Blimunda vão continuar a andar pelo convento porque Saramago não vai deixar Mafra
A eventual saída do romance
Memorial do Convento dos currículos
do 12.º agitou a vila, mas no palácio a obra do Nobel português promete
continuar a encher os corredores de estudantes. Pelo menos para já.
Um rei caprichoso, um padre visionário que acaba por morrer louco e uma construção megalómana que faz do povo um herói. Pelo meio a ameaça da crise dinástica, a promessa, os frades, os acidentes de percurso, o corredor de 232 metros que separa D. João V da rainha que ele não ama, o casal que se apaixona ao primeiro olhar durante um auto-de-fé, a máquina de voar de Bartolomeu de Gusmão, as pedras que viajam 15 quilómetros para chegar ao estaleiro onde trabalham 45 mil operários. Tudo isto é Mafra, segundo José Saramago e o seu Memorial do Convento, o romance que é leitura obrigatória desde 2002 mas que o novo programa e metas curriculares de Português do ensino secundário podem vir a deixar de fora.
Um rei caprichoso, um padre visionário que acaba por morrer louco e uma construção megalómana que faz do povo um herói. Pelo meio a ameaça da crise dinástica, a promessa, os frades, os acidentes de percurso, o corredor de 232 metros que separa D. João V da rainha que ele não ama, o casal que se apaixona ao primeiro olhar durante um auto-de-fé, a máquina de voar de Bartolomeu de Gusmão, as pedras que viajam 15 quilómetros para chegar ao estaleiro onde trabalham 45 mil operários. Tudo isto é Mafra, segundo José Saramago e o seu Memorial do Convento, o romance que é leitura obrigatória desde 2002 mas que o novo programa e metas curriculares de Português do ensino secundário podem vir a deixar de fora.
O
processo de consulta pública destes novos objectivos, que prevêem que o Memorial venha a ser trocado por
um de dois outros romances do Nobel da Literatura português, que morreu em
Junho de 2010 (O Ano da Morte de
Ricardo Reis e História
do Cerco de Lisboa), já terminou, mas só depois do Natal, quando
estiverem analisados todos os contributos, se saberá que livro terão os alunos
de ler (ver texto nesta edição). E até que a decisão produza efeitos, diz Mário
Pereira, director do Palácio Nacional de Mafra há quase seis anos, muitos
estudantes andarão pelos corredores daquela que é a grande obra de regime de D.
João V.
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José Saramago
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