Vasco Graça Moura afirma que problemas políticos do país são similares aos do século XIX.
SÉRGIO ALMEIDA
Há 32 anos, poucos meses após o centenário do falecimento de Alexandre Herculano - efeméride que, ao contrário da actual, mereceu um amplo apoio das entidades oficiais -, Vasco Graça Moura publicou um ensaio sobre a poesia do autor de A voz do profeta.
Apesar desse estudo (e de ser leitor assíduo dos seus livros desde tenra idade), recusa o epíteto de "especialista" na obra de Herculano, que considera, a par de Garrett, das mais importantes de todo o século XIX português.
Crítico severo da forma como este período histórico é abordado no ensino, Graça Moura lança duras acusações aos autores das sucessivas reformas escolares, apelidando-os de "irresponsáveis" ao terem transformado esta área numa "caricatura obscena".
Ainda se recorda das impressões causadas pelo primeiro contacto que teve com a obra do Alexandre Herculano?
Em casa dos meus pais havia O Bobo, o Eurico, o Presbítero, O Monge de Cister e as Lendas e Narrativas. Recordo-me de os meus pais citarem o final do Eurico (qualquer coisa como "Possa o sangue do mártir remir o crime do presbítero") e de a minha mãe achar que Hermengarda era um nome horrendo. Eu devia ter uns oito anos. Pouco depois, atirei-me a ler O Bobo e o Eurico, o Presbítero. Na altura, achei o Eurico uma maçada…
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domingo, 28 de março de 2010
Graça Moura: "Portugal não mudou assim tanto"
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