Agustina Bessa-Luís vai ser homenageada com o doutoramento "honoris causa" da Universidade Tor Vergata de Roma, mas devido às suas "precárias condições de saúde" não estará presente na cerimónia, informou a instituição.
O nome do seu romancere, "A Sibila" (1954) foi dado à Cátedra de Cultura Portuguesa do Departamento de Estudos Linguísticos, Filológicos e Literários da Faculdade de Letras e Filosofia da Universidade Tor Vergata, apoiada pelo Instituto Camões. A cerimónia de atribuição do doutoramento Honoris Causa in Lingue e Letterature Europee ed Americane está marcada para o dia 17 de Abril, às 11h00, na Sala degli Svizzeri, Villa Mondragone, em Monte Porzio Catone - Castelli Romani. Aniello Angelo Avella, titular da cátedra, justifica a distinção , que há dois anos já tinha sido decidia por unanimidade, pelas qualidades literárias de Augustina, pela sua "escrita rica de enigmas e aforismos ", povoada por "mundos secretos dos seres humanos, com os seus desejos, ambições, frustrações", sendo muitas vezes comparada a Marguerite Yourcenar.Ainda segundo Avella, devido ao estado de saúde da escritora portuguesa, o reitor da Universidade, Alessandro Finazzi e os órgãos académicos abriram uma excepção às praxes para permitir que o o prestigioso reconhecimento seja entregue ao marido de Agustina Bessa-Luís. O marido da escritora, Alberto Luís, fará a "lectio magistralis", intitulada "Pensadora entre coisas pensadas", numa cerimónia a que também assistirá Leonor Baldaque, neta de Agustina Bessa-Luís. Distinguida com o Prémio Camões 2004 e vencedora de vários prémios literários nacionais e internacionais, Agustina Bessa-Luís é uma das mais importantes figuras da novelística portuguesa, autora de uma vasta obra, distribuída pelo romance, conto, ensaio, teatro e biografia. A Universidade de Roma Tor Vergata (Università degli Studi di Roma Tor Vergata) foi fundada em 1982 e é a terceira maior da capital italiana.
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